Comitê de Solidariedade ao Povo Sírio convoca manifestação
O Comitê de Solidariedade ao Povo Sírio organizará uma manifestação para o próximo sábado (23), em São Paulo, para fazer frente à desinformação que garante apoio às declarações imperialistas e a ameaça de intervenção militar na Síria. A ingerência nos assuntos internos desta nação árabe milenar e soberana tem sido motivo de críticas dos aliados do povo sírio.
Publicado 20/03/2013 10:52
Em fevereiro, no Centro Cultural Árabe-Sírio, o cônsul da Síria Ghassan Obeid fez uma longa exposição do que acontece no país, e denunciou o apoio estrangeiro aos grupos armados que atuam na destruição de infraestruturas e causando a morte de milhares de civis.
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O cônsul classificou estes grupos de terroristas que têm desestabilizado a política e a vida interna da Síria, com o apoio direto, financeiro e bélico, de países como os EUA (que já declararam ter ainda a intenção de aumentar este apoio), países europeus, países do Golfo Pérsico (como o Catar e a Arábia Saudita) e a vizinha Turquia.
O conflito armado, que começou em 2011, demonstra indícios de manipulação externa das diferenças etno-políticas do país, mais uma vez instrumentalizadas para garantir a instabilidade interna. O Ministério de Informação sírio emitiu um documento extenso em que mencionou esses esforços e fez uma relação das ações violentas levada a cabo pelos grupos armados, compostos em grande parte por mercenários importados.
A necessidade de demonstração de solidariedade ao povo sírio, que em sua maioria apoia o governo do presidente Bashar Al-Assad, foi exaltada no seminário e em vários fóruns da internet. A desinformação midiática que repete acusações de autoritarismo contra o governo sírio para justificar a interferência política e militar tem levado a vários movimentos, mesmo no Brasil, a sustentar essa tendência.
A presidenta Dilma Rousseff, entretanto, assim como os presidentes da China, da Rússia e do Irã, entre outros, já defenderam a necessidade imperativa de que a violência interna seja resolvida, soberanamente, pelo povo sírio, em um processo interno de diálogos políticos.
A postura conciliatória já tomada por Al-Assad e outros membros do seu governo tem sido veiculada apenas por meios de esquerda e que já demonstraram a sua solidariedade ao povo sírio na defesa da sua soberania.
Um exemplo é a negligência com a informação de que o governo sírio, em fevereiro, já realizou um referendo popular para a aprovação de uma nova Constituição, e que a oposição, organizada e representada no governo, também tem realizado diálogos e comissões em temas fundamentais. Além disso, em 2014 serão realizadas novas eleições.
O cartaz da convoncatória para a manifestação e as informações da organização são: