Dieese: ao desonerar a cesta, governo favorece mercado interno
Na última sexta-feira (8), em pronunciamento nacional, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a implementação da Medida Provisória 609, que desonera de impostos federais os produtos que compõem a cesta básica. A notícia repercutiu positivamente em diversos setores da sociedade.
Joanne Mota e Erika Ceconi, da Rádio Vermelho em São Paulo
Publicado 12/03/2013 15:35
No movimento sindical, os trabalhadores e as trabalhadoras já se manifestaram favoravelmente e detacaram que a medida do governo vem em boa hora e merece total apoio da classe trabalhadora brasileira.
Em nota, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, destacou que "o governo Dilma vai noutra direção, opondo-se aos dogmas e interesses que orientam o pensamento dominante. A redução dos impostos e dos preços, tanto da cesta básica como da energia, estimula a demanda e a produção, ao mesmo tempo em que contribui para conter o processo inflacionário".
Em declaração a Rede Brasil Atual, Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), comentou a desoneração dos produtos da cesta básica. Segundo ele, "a medida terá um efeito duplo-positivo: confere maior poder aquisitivo ao salário, pois o trabalhador deixa de pagar tributo e, ao mesmo tempo, a desoneração é extremamente favorável do ponto de vista da justiça tributária".
Ganz Lúcio destaca também que ahaverá um fator progressivo, mas prara isso o setor privado deverá repassar a desoneração, o que impactará significamente na inflação.
Acompanhe a íntegra da reflexão: