Mulher no poder, é o que defende o PCdoB neste 8 de março
Neste 8 de março, data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, o Fórum Nacional Permanente do PCdoB sobre Emancipação das Mulheres traz à luta a bandeira Mulheres no poder, é o que afirma a secretária Nacional da Mulher do partido, Liège Rocha. Para ela, esse mote consegue reunir várias bandeiras de luta do sexo feminino
Publicado 08/03/2013 14:53 | Editado 04/03/2020 16:17
“A mulher no poder é um mote prioritário. Porque isso envolve uma série de questões, inclusive a sub-representação das mulheres nos espaços de decisão. Além disso, o tema vem em um momento estratégico, 2013 é ano de congresso do Partido e as mulheres precisam estar preparadas para o debate”, afirma Liège.
A secretária Nacional de Mulher destaca que escolher um mote não significa esquecer as demais lutas das mulheres “O PCdoB segue firme no combate à violência e tráfico de mulheres, continuará a luta pela educação, saúde. Ou seja, contra qualquer tipo de discriminação ou violência sofrida pelas mulheres”.
De acordo com Liège Rocha, nos últimos 10 anos, o movimento de mulheres no país alcançou conquistas importantes. “Um fato que não deve ser esquecido é o primeiro ato do governo Lula com a criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que hoje possui status de Ministério. Essa foi uma conquista importantíssima, do ponto de vista da elaboração, fiscalização e implementação de políticas públicas para as mulheres. Ações que até então eram tratadas de maneira secundária por outros ministérios”.
Ela destaca ainda o processo histórico de conferências vivido pelo Brasil. “Só para as questões da Mulher, foram realizadas três conferências nacionais. Só a primeira Conferência mobilizou 130 mil mulheres de todo Brasil, que pela primeira vez puderam pensar, debater e propor ações efetivas para as suas demandas. Daí foi que nasceu o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e isso é único na história política de nosso país.”
Liège reconhece os avanços, mas afirma que há ainda um longo caminho para ser percorrido e cabe ao movimento social, bem como aos partidos como o PCdoB, travar essa luta. “O PCdoB reconhece as conquistas, mas também aponta os caminhos para continuar nesse processo de mudança. No caso do combate à violência contra a mulher a lei existe, mas precisamos focar agora na criação, nos estados e municípios, dos equipamentos de atenção às mulheres que sofrem violência, tais como as casas-abrigo, delegacias especiais, centros de referência, entre muitos outros”.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro