Chile reitera negativa de negociar com Bolívia saída para o mar
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, reiterou nesta quarta-feira (27) a negativa de seu governo negociar com a Bolívia a entrega para este país de uma saída para o Oceano Pacífico.
Publicado 27/02/2013 15:59
“O Chile não vai dar soberania,nem território chileno para a Bolívia, porque não corresponde. Temos um tratado que se firmou há mais de 100 anos”, expressou o mandatário em declarações para a emissora chilena Canal 13.
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Segundo Piñera, o presidente boliviano, Evo Morales, deve aprender que os tratados que o país faz devem ser cumpridos "e isso não é dureza, não é soberbia”, considerou o mandatário.
Piñera lamentou as declarações do chanceler boliviano, David Choquehuanca, que na véspera considerou "sem fundamento" a denúncia do mandatário chileno sobre supostas provocações de militares da Bolívia contra a polícia de Carabineros chilena. O diplomata qualificou de "artificial" a acusação de Piñera, cujos fundamentos disse não entender.
Na última terça-feira (26), o governante informou que um grupo de pessoas com uniformes camuflados de natureza militar ingressaram no território chileno, abordaram uma pessoa, roubaram sua caminhonete e posteriormente foram até território boliviano provocando os Carabineros.
Agregou que os policiais não se deixaram provocar e não cruzaram a linha fronteiriça, em clara comparação com a atitude de três soldados bolivianos que permanecem no Chile expostos a um processo judicial por entrar em solo chileno enquanto perseguiam um grupo de traficantes.
Em suas declarações desta quarta-feira, Piñera insistiu que a policia, que prendeu três militares, cumpriram com seu dever e atuaram de acordo com o Estado de direito.
Por sua vez, o presidente Evo Morales assegura que o governo chileno tomou como reféns os soldados, como vingança pelos reiterados pedidos de La Paz pelo seu direito de ter uma saída para o mar .
Fonte: Prensa Latina