Banco PanAmericano tem prejuízo de 603 milhões
Dirigido pelo BTG Pactual, banco PanAmericano teve um ano ruim em 2012 e andou para trás: foi anunciado discretamente, na noite desta segunda-feira (18), o prejuízo de 603 milhões de reais nesta instituição de perfil popular; foi dez vezes maior do que o pequeno lucro alcançado alcançado em 2011.
Publicado 19/02/2013 12:09
Praticantes da lei de Gerson ("o negócio é levar vantagem"), os banqueiros do BTG Pactual estão sofrendo uma desvantagem milionária; o principal indicado pelo presidente André Esteves, que detém a maioria do capital do banco PanAmericano (que pertenceu a Silvio Santos e foi saneado com recursos do Fundo Garantidor de Crédito) mostra grande dificuldade em tocar uma instituição financeira de perfil eminentemente popular.
Depois de obter um pequeno lucro de R$ 60 milhões em 2011, sinalizando para o mercado que as agruras verificadas na gestão do antigo dono Silvio Santos haviam ficado para trás, o PanAmericano presidido por José Luiz Accar Pedro acelerou feio, errado e para trás, como revela o mal resultado divulgado nesta segunda-feira. Foi um dos piores entre todas as instituições financeiras do País, com um prejuízo de R$ 603,9 milhões, segundo o Relatório de Demostrações Financeiras, divulgado pela instituição, cerca de um quarto do patrimônio líquido consolidado em 2012, que fechou o anoem R$ 2,5 bilhões.
A carteira total de crédito somava R$ 13,8 bilhões ao final de 2012, 4,4% maior do que o valor de R$ 13,2 bilhões verificado em setembro de 2012 e 27,1% maior do que os R$ 10,8 bilhões de dezembro de 2011.
O financiamento de veículos é o principal mercado de atuação do banco; foi concedido um volume total de R$ 1,39 bilhão em novos financiamentos no quarto trimestre de 2012, incluídas operações de arrendamento mercantil. As concessões foram 13,5% maiores do que o montante de R$ 1,23 bilhão registrado em setembro e 13% acima do valor de final de 2011 (R$ 1,24 bilhão).
No final de 2009, a Caixa Participações S.A. (Caixapar) adquiriu 35,5% do capital social do PanAmericano, pagando R$ 739,3 milhões. Em novembro de 2010, foi descoberto um esquema de fraudes contábeis na venda de carteiras de crédito. Essas transações foram registradas com preços superestimados, o que provocou um rombo de R$ 4,3 bilhões.
Para impedir a quebra do banco, que pertencia ao Grupo Silvio Santos, houve aporte do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Esse fundo recebe recursos dos bancos para socorrer correntistas de instituições com dificuldades financeiras. Atualmente o PanAmericano é controlado pelo BTG Pactual e tem a Caixa como sócia.
Com informações da Agência Brasil e do portal Brasil 247