Vigilantes de Manaus comemoram vitória e encerram greve
O Sindicato dos Vigilantes do Amazonas (Sindevam) comemorou na última quarta-feira (13) a vitória obtida com o acordo firmado com o Sindicato das Empresas de Vigilância e Segurança Privada do Amazonas (Sindesp-AM), que garantirá o valor integral do adicional periculosidade (30%), previsto em lei para a categoria. A reunião contou com a presença do prefeito de Manaus, Artur Neto.
Publicado 15/02/2013 10:35
O Sindesp-AM aceitou a proposta de pagar o complemento de 10% de adicional de periculosidade para os mais de 10 mil vigilantes do Estado, a partir deste mês. Em março, os trabalhores deverão receber retroativo referente ao mês de fevereiro. A partir de julho, a categoria recebe o retroativo dos meses de dezembro e janeiro.
A categoria entrou em greve na manhã da quarta-feira em reivindicação ao pagamento adicional periculisidade previsto na Lei 12.740/2012 para trabalhadores que se expõem a roubos ou outros tipos de violência física durante a atividade profissional. De acordo com os trabalhadores, 10% do dinheiro não era repassado para a classe.
Os demais pleitos da categoria, previstos na Convenção Coletiva de 2013, como o tíquete alimentação e reajuste salarial, serão definidos na próxima segunda-feira (18). A data base da categoria também foi alterada para o dia 1º de fevereiro. Os vigilantes já recebem o incremento de 20% no salário referente ao risco de vida.
Vitória conquistada
A paralisação da categoria fez parte de um movimento nacional iniciado no dia 1º de fevereiro, quando vigilantes de todo país promoverm uma greve nacional pelo cumprimento da Lei que garante um adicional de 30%. Em diversos estados os trabalhadores conseguiram garantir o benefício e encerraram a paralisação. Chapecó (SC) foi um deles.
Os vigilantes lutavam há nove anos pelo benefício, que foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente da República em dezembro do ano passado, transformando-se em lei. Apesar disso, as empresas não estavam repassando o adicional aos trabalhadores.
Ao informar do acordo aos trabalhadores antes de realizar uma votação para decidir o fim do movimento, o presidente do Sindevam, Valderli Bernardo, disse ter garantido às empresas que não haveria represália a nenhum trabalhador grevista e qualificou o resultado das negociações como uma “vitória” conquistada.
Segundo o Sindevam, aproximadamente 1,5 mil vigilantes que atuam em bancos, empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), hospitais e órgãos públicos e empresas privadas aderiram à paralisação, iniciada às 5h desta quarta-feira.
Valderli Bernardo estima que apenas quatro agências bancárias paralisaram, mas o sindicato patronal revelou o número de 20. Sobre o pagamento, a entidade laboral estima que o adicional trará um benefício mensal extra de R$ 110 para quem trabalha a noite e cerca de R$ 90 aos vigilantes que atuam em horário comercial. Atualmente, 17 mil vigilantes atuam no Estado.
Fonte: Portal CTB