Cepal defende mudança estrutural para igualdade na AL
A igualdade entendida a partir da plena titularidade de direitos deve ser o centro, como mudança significativa no paradigma econômico imperante na América Latina, declarou a secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, quarta-feira (13), em Cuba.
Publicado 14/02/2013 12:05
Trata-se de apostar por uma mudança estrutural em um contexto marcado pelos desequilíbrios financeiros e os problemas de dívida na Europa e a enorme ingovernabilidade fiscal nos Estados Unidos, precisou Alicia durante uma conferência magistral na Universidade de Havana.
O principal efeito da crise mundial na região tem sido o impacto comercial, apesar a que em termos de crescimento econômico tem estado melhor que outras áreas da órbita, apontou a diretora da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe.
Explicou que a crise também tem tido um alto impacto político, econômico e social ao apresentar um ponto de inflexão que avariou a continuidade de um modelo que se associa a duas décadas de concentração de riqueza.
Ademais gerou espaços de debate sobre o papel do Estado e as políticas públicas, a insuficiência dos âmbitos multilaterais para enfrentar e responder ante os problemas sistêmicos globais e a importância de fomentar espaços de cooperação regional.
Alicia opinou que América Latina está aprendendo do passado e que é mais progressiva em termos sociais, repensando e criando seus modelos de desenvolvimento próprio com a igualdade no centro.
A igualdade requer fechar brechas internas e externas, difundir na estrutura econômica e social capacidades produtivas e tecnológicas, precisou.
Ademais, garantir plenas oportunidades trabalhistas e fortalecer o papel do Estado como garante de direitos e impulsor de políticas de desenvolvimento sustentável, agregou a especialista.
Em tal empenho resulta essencial incentivar o crescimento dinâmico e sustentado e potencializar o investimento sobretudo em infraestrutura, a coluna vertebral da mudança estrutural.
Alicia considerou que estimular o conhecimento é muito necessário, uma tarefa na que Cuba tem enormes avanços.
A educação e emprego é um dos temas que a ilha caribenha quer analisar no marco da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Durante sua visita a Cuba a secretária executiva da Cepal cumpre uma intensa agenda que inclui intercâmbios com autoridades do país e conferências magistrais. A Cepal foi instituída em 1948, pela resolução 106 (IV) do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc); é uma das cinco comissões regionais da ONU, com sede em Santiago, no Chile.
Com Prensa Latina