Foto de Chávez será divulgada “quando necessário”, diz ministro
O ministro de Comunicação da Venezuela, Ernesto Villegas, afirmou que fotos do presidente Hugo Chávez poderão ser vistas “quando for necessário”. A entrevista foi concedida ao jornal Tiempo Argentino durante a cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos-União Europeia (Celac -UE), concluída nesta segunda-feira (28) no Chile.
Publicado 29/01/2013 13:02
Segundo Villegas, o presidente venezuelano, internado em Havana após uma quarta cirurgia contra um câncer na região pélvica, “está de acordo com o modo com o qual se veio comunicando” sua situação de saúde. “Há um limite que devemos respeitar e é o direito à privacidade dos pacientes (…) [Chávez] nos deu informações muito precisas para que informemos com rigor as boas e más notícias”, falou.
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Villegas ratificou ainda que o governo da Venezuela processará o El País para “estabelecer um precedente e dizer basta a este jornalismo que inaugurou um novo gênero que poderíamos definir como mídia-mórbida”. O ministro considera que a fotografia falsa estampada na primeira-página do jornal espanhol de um paciente entubado “dificilmente seria publicada se se tratasse de um líder europeu. Parece que o sensacionalismo é válido quando se trata de um ‘sudaca’ revolucionário”.
O ministro venezuelano preferiu não dar detalhes sobre o tribunal no qual será apresentado o processo, já que as ferramentas legais ainda estão sendo estudadas. Segundo ele, nem o governo, nem os familiares de Chávez receberam pedidos de desculpas do jornal, que atuaria com uma “grande arrogância imperial”.
Quando questionado sobre possibilidades e previsões de um retorno do presidente venezuelano a seu país, Villegas afirmou que Chávez deve tomar o tempo que precise, “como lhe diz o seu povo”: “Há um governo sólido, como amplo apoio popular, com representação (…) dos cidadãos e cidadãs, com votação majoritária das pessoas, com apoio militar”, disse, completando que “todos os poderes do Estado estão convencidos da legitimidade do governo venezuelano”.
Fonte: Opera Mundi