Publicado 28/01/2013 13:21 | Editado 04/03/2020 16:47
Tenho acompanhado a grande angústia e luta do Flávio Dino para que a justiça seja feita e também tenhamos, brasileiros e brasileiras, condições dígnas de atendimento, mais humanizado e menos mercadológico.
Perder um filho em situação normal já é um golpe duro de suportar. Quando a perda é em função de erro médico, a dor dilacerante é acompanhada pela indignação.
É preciso que a saúde pública, SUS, seja fortalecida com mais recursos, combate à corrupção e gestão moderna, tendo como objetivo a excelência no atendimento. A saúde privada deve ser mais fiscalizada e também cobrada para que seja de qualidade e não somente feita de hospitais bonitos e equipamentos modernos.
A sociedade deve se organizar até mesmo para saber quais são os profissionais indicados para integrar órgãos como ANVISA e Secretarias de Saúde, para evitar que o mercado interfira em tais escolhas. Temos de fiscalizar o trabalho realizado por esses órgãos e caso não cumpram com o seu dever, usarmos medidas administrativas, judiciais e/ou políticas para tirá-los.
Os profissionais da saúde precisam ser melhor preparados e defendo que façam prova, nos moldes da aplicada pela OAB, como critério para obter seus registros no conselho de classe. Alguns médicos por sua vez devem deixar de serem arrogantes até mesmo com seus colegas da área de enfermagem, pois sabemos que nessa relação muitos conflitos acontecem chegando até mesmo aos pacientes.
Médicos não são deuses e tão pouco melhores que seus colegas e pacientes. Não podemos nos calar e achar que mortes por erro médico são normais ou meras fatalidades, pois não são.
Profissionais que lidam com saúde não podem ter carga horária de trabalho extenuante e formação de baixa qualidade, pois quando erram, podem causar mortes desnecessárias.
Paulo Guilherme de Araújo