EUA discute controle de armas após massacres
O vice-presidente Joseph Biden se reunirá nesta quarta (9) com delegados da conservadora Associação Nacional do Rifle (ANR) e organizações similares, em uma tentativa da Casa Branca de perfilar um acordo parcial sobre controle de armas.
Publicado 09/01/2013 11:11
Biden se encontrará também nesta quarta-feira com familiares e vítimas das armas de fogo, com federações favoráveis a limitar sua venda e com especialistas da indústria dos videogames violentos.
O segundo homem da Casa Branca foi encarregado pelo presidente Barack Obama de dirigir um painel governamental especial que deve encontrar soluções à inquietante onda de tiroteios e matanças coletivas que afetam os Estados Unidos em anos recentes.
Em meados de 2012, o chefe de Estado democrata bloqueou uma emenda dos republicanos na Câmera de Representantes que invalidava uma nova lei sobre controle de armas, sancionada pelo governo federal.
A administração Obama e o Bureau de Álcool, Fumo, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, por siglas em inglês) ditaram um regulamento que obriga comerciantes sulistas a emitirem informes minuciosos sobre vendas de rifles semi-automáticos.
Os republicanos, majoritários na câmera baixa, opõem-se a essa resolução e tentaram incluir uma contraordem no plano de orçamento de 2013 para o Departamento de Justiça em que a ATF não poderia implementar a medida.
"Nos Estados Unidos, vimos 62 matanças coletivas por tiroteios desde 1982, passando pela de Columbine High School e o atentado de 2011 contra a congressista Gabrielle Giffords", comentou o meio digital The Spokesman-Review.
Cerca de cinco milhões de armas de fogo são fabricadas a cada ano no país com o maior inventário em mãos privadas. A Segunda Emenda da Constituição, aprovada em 1789, afirma que todo indivíduo será amparado pela lei se decidir portar uma arma.
O governo de Obama já descartou a apresentação de uma nova lei radical sobre controle de armas, apesar do impacto social e midiático de recentes incidentes fatais em várias cidades norte-americanas.
Analistas políticos comentam que o motivo da inação é que o Executivo não quer desagradar à poderosa ANR, com milhões de seguidores de costa a costa e um poderoso lobby de influência entre eleitores, contribuintes, e em quase todos os canais sociais e midiáticos.
Fonte: Prensa Latina