Gays protestam após decisão do Senado uruguaio
Diante da decisão do Senado uruguaio, que adiou para abril de 2013 a votação do projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, cerca de 100 pessoas protestaram, nesta quarta-feira (26), em frente ao Registro Civil, em Montevidéu.
Publicado 27/12/2012 09:55
Em uma sessão extraordinária convocada em meio ao recesso parlamentar para examinar uma dezena de projetos de lei, a governante Frente Ampla (FA) – promotora da iniciativa – aceitou o pedido da oposição de adiar a votação para ter mais tempo de estudar o texto. O adiamento, até a primeira sessão de abril, foi aprovado por unanimidade.
Convocados pela organização Ovelha Negra, que reúne gays, lésbicas, travestis e transexuais, os presentes criticaram as bancadas dos partidos de oposição e os demais senadores aliados pelo acordo.
A votação do projeto de lei estava marcada para esta quarta-feira (26) pela manhã, mas após alguns minutos de discussão, os legisladores decidiram adiar a discussão do tema para abril. A lei já foi aprovada na Câmara dos Deputados e, se for aprovada no Senado, segue para sansão do presidente Mujica.
O projeto que afirma que "o matrimônio é a união permanente entre duas pessoas de igual ou distinto sexo" passou pela Câmara na madrugada de 12 de dezembro – com o apoio de todos os deputados da FA e de grande parte da oposição. O adiamento foi recebido com decepção nas redes sociais, nas quais havia sido convocada uma grande manifestação diante do Parlamento à tarde, para acompanhar a votação.
Nos últimos seis anos, o Uruguai legalizou a união civil de homossexuais e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Também autorizou a troca de nome e sexo, além da entrada de homossexuais nas Forças Armadas. Em junho deste ano, a justiça reconheceu, pela primeira vez, um casamento entre dois homossexuais celebrado na Espanha. Na região, o casamento homossexual está autorizado na Argentina desde 2010 e na Cidade do México desde 2009.
Com informações da France-Presse