Governo colombiano e Farc recomeçam dialogo de paz em Cuba
Depois do primeiro acordo conjunto, que dará espaço e voz à sociedade civil, o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia – Exercito do Povo (FARC-EP) recomeçarão nesta terça (27) as negociações de paz nesse país.
Publicado 27/11/2012 12:16
As duas equipes, chefiados pelo ex-vice-presidente Humberto de La Calle, representante do governo, e o comandante Iván Márquez, representando os insurgentes, voltam à mesa depois de uma segunda pausa que eles dedicaram a avaliações e consultas.
Como cada manhã, desde o primeiro encontro na segunda-feira passada, as duas delegações trabalharão no centro de eventos Palácio das Convenções, com o tema da política de desenvolvimento agrário integral entre as prioridades.
A terra é o primeiro passo do roteiro acordado no dia 26 de agosto, com o qual esperam construir uma “paz estável e duradoura”, e que ademais abordará a participação política, o fim do conflito, a solução ao problema das drogas ilícitas e a atenção às vitimas.
No último final de semana, governo e os insurgentes trabalharam em conjunto até concluir, no domingo à tarde, um um comunicado conjunto onde anunciaram a celebração, de 17 à 19 de dezembro, na cidade de Bogotá, de um fórum sobre o desenvolvimento agrário, que servirá de espaço para a participação da cidadania.
A mesa solicitou às Nações Unidas na Colômbia e ao Centro de pensamento e Seguimento ao Diálogo de Paz, da Universidade Nacional, que preparem e sirvam de relatores das discuções do encontro, e espera-se que no dia 8 de janeiro os resultados das conclusões do fórum sejam entregues.
Já transcorreram seis dias de encontros entre as partes, a portas fechadas. O total sigilo e a discrição continuam sendo uma constante nesta aproximação, que tem Cuba e Noruega como fiadores e Chile e Venezuela como acompanhantes.
Os representantes do gabinete de Juan Manuel Santos não deram ainda nenhuma declaração, enquanto os integrantes das Farc-EP afirmaram que avançam em bom ritmo e por bom caminho. Mantemos um otimismo elevado, afirmaram.
Os colombianos se mantém atentos a cada detalhe que transcorre nas conversações, com a esperança e o desejo de acabar com o conflito que dura mas de 50 anos e deixou milhares de mortos.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Léo Ramirez