Amazônia registra menor taxa de desmatamento da história

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou nesta terça-feira (27) que a taxa de desmatamento da Amazônia Legal foi 27% menor de agosto de 2011 a julho de 2012 na comparação com os 12 meses anteriores (julho de 2010 a agosto de 2011).

Essa foi a menor taxa registrada na série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), realizada desde 1988. Mesmo assim, o desmatamento da Amazônia Legal ficou em 4.656 quilômetros quadrados no período.

Dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal, apenas três apresentaram aumento nas taxas de desmatamento. Tocantins registrou crescimento de 33%, Amazonas 29% e Acre 10%. Só no Pará, a taxa de desmatamento diminuiu em 44%.

Segundo a ministra, ainda não há informações detalhadas sobre os motivos que levaram a esse aumento e que deve se reunir com representantes dos estados para se informar sobre quanto desse desmatamento foi ilegal e quanto foi autorizado pelos governos estaduais.

“Ouso dizer que esta é a única boa notícia ambiental que o planeta teve este ano do ponto de vista de mudanças do clima. Em relação aos compromissos de metas voluntárias de redução de emissões estamos bastante avançados”, disse a ministra.

A meta voluntária definida pelo governo brasileiro é reduzir a expansão anual da área de desmatamento ilegal da Amazônia para 3,9 mil quilômetros quadrados até 2020. Com o novo índice, fica faltando apenas redução de 4% para que a área ambiental atinja a meta, oito anos antes do prazo.

A ministra afirmou que os dados servem de mais um argumento ao Brasil nas negociações globais sobre o clima, principalmente em Doha, no Catar, onde já ocorre a conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

Izabella afirmou que embarca para a conferência "feliz da vida" e que "o Brasil mostra para o mundo como é que a gente cumpre compromisso, mesmo sendo voluntário". Este foi o quarto ano consecutivo que o desmatamento apresenta redução, de acordo com os dados do Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes/Inpe).

A ministra anunciou também que, a partir do próximo ano, a autuação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por desmatamento irregular será feita eletronicamente para evitar fraudes.

Fonte: IG