No Paraguai, aumentam protestos sociais e crise econômica
A onda de protestos sociais contra o governo e a insegurança agregada à maltratada economia pela aprovação de um orçamento nacional inflado, constituíram centro da atualidade do país.
Publicado 17/11/2012 13:21
Na realidade, é difícil que decorra um sozinho dia sem mostras do estremecimento social nas ruas de Assunção e outras cidades da nação guarani como consequência de promessas não cumpridas e dívidas sem pagar trabalhadores e camponeses.
Os últimos sete dias viram desfilar pelas ruas desta capital a milhares de docentes, empregados estatais, beneficiários excluídos de programas sociais e empregados de centros de saúde carentes de insumos, enquanto o Congresso aprovava partidas para operadores políticos.
Um exemplo da situação existente foi o recente protesto das mais de 700 mães muito humildes que receberam um forte golpe pela eliminação do programa denominado Abraço, emblemático esforço na tentativa de garantir a educação de seus filhos.
Elas representam a metade das favorecidas por um subsídio que inclui víveres e uma bonificação econômica em troca somente da assistência de seus filhos à escola e da responsabilidade assumida de checar e informar sobre os avanços atingidos em seus estudos.
Nesta semana coincidiram numa praça em frente ao Congresso os professores que protestavam pelo péssimo estado das escolas rurais e a existência de educadores trabalhando sem cobrar, com camponeses sem terra em greve de fome durante semanas.
Outros lavradores, presos desde o sangrento desalojo ocorrido em junho passado na localidade de Curuguaty, ainda não suficientemente esclarecido, acordaram o chamado de alerta, tanto de organizações sociais como da própria igreja, por seu grave estado de saúde.
Sujeitos a um processo qualificado de injusto e protagonizado por um juiz e um promotor, cuja renúncia pediu uma Pastoral Social ante sua parcialidade a favor dos latifundiários, esses camponeses colocaram um elemento dramático na atualidade nacional pelo perigo que correm suas vidas.
Fonte: Prensa Latina