CTB-RS participa de mobilização pelo piso regional
Cerca de 300 trabalhadores integrantes de centrais sindicais fizeram manifestação na manhã desta quarta-feira, em Porto Alegre, para pedir 13% de reajuste do salário mínimo regional. O grupo se reuniu em frente à sede da Federação das Associações Comerciais e Serviços (Federasul) e seguiu até o Palácio Piratini, na Praça da Matriz, onde discute o aumento com o governador Tarso Genro.
Publicado 14/11/2012 11:11 | Editado 04/03/2020 17:09
O presidente da Central de Trabalhadores do Brasil no Rio Grande do Sul (CTB/RS), Guiomar Vidor, explicou que o percentual foi calculado a partir da inflação de março do ano passado até agora, em torno de 5%, a média do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e do Brasil, mais 3% de perdas. “Queremos repor a diferença entre o salário regional e o nacional. Quando o regional foi criado, representava 1,28 salários mínimos, agora está em 1,13”, informou.
A Federasul foi escolhida para ser o ponto de partida da manifestação por ser, segundo as centrais sindicais, o símbolo da resistência ao mínimo regional. Na opinião do dirigente, o governo estadual já garante uma contribuição significativa para o crescimento das empresas. Segundo os cálculos dele, em 2011, a renúncia fiscal foi de 34,9%, o que significa R$ 11,5 bilhões a menos do que poderia ser arrecadado. Desse valor, R$ 10,5 bilhões seriam somente de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). “O Estado não pode servir somente a um lado. Essa é a chance de demonstrar que está também do lado dos trabalhadores, que são os que mais precisam”, afirmou.
Além do aumento, os trabalhadores também pedem a mudança de faixa de algumas categorias. Também defenderam uma política permanente de reajuste. “Isso evitaria o impasse que ocorre todos os anos. Haveria uma previsibilidade tanto para quem paga, como para quem recebe”, justificou o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT/RS), Claudir Nespolo. Ele informou que aproximadamente 1,3 milhão de trabalhadores recebem com base no mínimo regional, especialmente no setor de serviços.
O vice-presidente da nova Central Sindical de Trabalhadores do Rio Grande do Sul, Oniro Camilo, afirmou que os sindicatos já haviam realizado duas reuniões com o governo e estão confiantes na sensibilidade em relação ao tema. Diversas pessoas do interior do Estado vieram a Porto Alegre para participar do protesto.
Com informações de agências