Farc buscam saída política para conflito, dizem guerrilheiros
“As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) procuram uma saída política para o conflito social e armado,” enfatizaram os comandantes da guerrilha em entrevista publicada nesta sexta-feira (9), no Equador.
Publicado 09/11/2012 15:34
“A permanente ingerência dos Estados Unidos e outras potências na Colômbia é uma das principais razões da guerra que o povo colombiano sofre”, asseveraram os comandantes Iván Márquez, Ricardo Téllez, Jesús Santrich, Marcos Calarcá e Andrés París. “Sem essa abundante ajuda econômica e militar [A Colômbia é o terceiro país receptor de ajuda militar estadunidense], sem o recebimento de assessores, de equipamento e treinamento de tropas, de suportes na área da inteligência militar, o exercito oficial teria colapsado”, afirmaram
A respeito da postura oficial do presidente reeleito dos Estados Unidos, Barack Obama, os líderes informaram que porta-vozes do mandatário felicitaram publicamente o presidente colombiano, José Manuel Santos, pelos diálogos, mas alegaram que o norte-americano "poderia especificar a posição de seu governo diante o conflito armado colombiano".
Manifestaram que o governo colombiano trata as Farc como insurgência “obrigado pela realidade”, após fracassarem vários planos impostos no cumprimento do compromisso adquirido pelo governo anterior com a Casa Branca de aniquilar militarmente estas forças armadas.
Eles lembraram que outras tentativas como o Plano Colômbia e suas variantes o Plano Patriota e o Plano Consolidação, entre outros que obrigaram “a oligarquia, na cabeça de Santos, a reconhecer a existência do conflito social e armado no país”
Os guerrilheiros negaram estar vencidos ou derrotados e expuseram que “não haverá desmobilização, mas farão acordos sobre o abandono das armas”, afirmaram e agregaram que “O processo de construção da paz com justiça social resolverá os problemas da população colombiana em geral”, remarcaram.
Os diálogos de paz entre a guerrilha e o governo colombiano se iniciarão formalmente no dia 15 de novembro.
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Com Prensa Latina