Regulamentação da mídia é utlizada com má fé em jornal do PIG
"Depois do julgamento do mensalão, o PT voltará a fazer campanha por mudanças na regulação dos meios de comunicação." Esse é o enfoque dado pela Folha de S. Paulo na edição desta quinta-feira (1º), para um assunto de suma importância para o país. Mais uma vez, a democratização da mídia é divulgada de maneira errada. Desta vez, foi para encorpar a cobertura tendenciosa do chamado mensalão.
Publicado 01/11/2012 10:32
Além de não explicar os porquês da necessidade da regulamentação da comunicação, o veículo também tenta dar a impressão de que há divergência entre o governo Dilma Rousseff e seu partido, o PT sobre o assunto.
"O PT vai continuar levantando esta bandeira", disse o presidente Rui Falcão a correspondentes estrangeiros, quando perguntado sobre a regulamentação.
"Quem pode regulamentar os meios de comunicação não é o partido, é o Congresso. Esperamos que o governo envie um projeto de marco regulatório no país", explicou o presidente do PT, destacando dois artigos da Constituição que precisam de regulamentação. Um é a programação e o outro a propriedade das empresas do setor.
Falcão também questionou as concessões de comunicações a parlamentares que controlam emissoras. Ele defendeu uma "transição" para implementar as mudanças e "Nós não pensamos em expropriar ninguém", garantiu, negando o que muitas vezes a grande mídia se apoia, que se trata de censura. Pelo contrário. O "objetivo único" é "ampliar a liberdade de expressão, não restringi-la".
O que é a democratização da comunicação?
A luta pela democratização da comunicação se baseia na garantia do acesso aos serviços públicos, trabalho e condições de vida dignas para todos os brasileiros. A comunicação precisa ser vista como um bem essencial efetivamente. No Brasil, assim como em outros países, em especial da América Latina, a mídia é controlada por poucas famílias que esbanjam poder para barganhar em favor de seus conglomerados e, assim, obter vantagens financeiras. Com isso, destinam espaço em seus jornais para assuntos de interesse privado (em detrimento do público) e manipulam informações como lhe convêm.
Com Folha de S. Paulo