Siria condena distorção da crise interna pelo Ocidente

O ministério da Informação sírio apresentiu nesta quarta (24) uma ampla e documentada denúncia sobre como é tergiversada a crise no país pelos meios de comunicação e círculos ocidentais políticos.

O documento, ao qual teve acesso a Prensa Latina, assinala que esta nação enfrenta uma grande campanha e uma agressão informativa baseada na fraude e nas ações, muitas vezes, fabricadas e difundidas pelos grandes meios de comunicação de massa árabes e estrangeiros.

Estes canais, diz o texto, foram recrutados como porta-vozes informativos dos grupos terroristas armados para difundir os seus ataques, fabricando massacres nos quais culpam o governo, e difamar as autoridades e o Exército Árabe Sírio.

Nesse sentido, os bandos armados armados adotaram o terrorismo e a violência como ferramenta para alcançar os objetivos desenhados e apoiados a partir do exterior contra o governo e o povo sírio, indica o relatório ministerial.

As ações e danos contra diferentes setores do país aparecem expostos no material. Por exemplo, no campo da educação, mais de 1.700 escolas foram destruídas e assassinados mais de 40 professores, detalha.

Na área de informações sobre saúde pública, sustenta que 25 hospitais e 132 centros de saúde saíram do serviço por causa da ação de grupos irregulares.

O Ministério da Informação chama a atenção para o fato de que, coincidindo com as sanções econômicas aprovadas contra a Síria pelo Ocidente, fora do quadro da ONU, houve um aumento das sabotagens terroristas contra os setores de serviço e infraestrutura local.

Durante muito tempo algumas ações e massacres no país foram cometidos simultaneamente, ou logo antes das reuniões do Conselho de Segurança da ONU, das reuniões da Assembleia Geral ou do Conselho de Direitos Humanos sobre a Síria.

Chama a atenção, indica, a rápida condenação de alguns países ocidentais e árabes, mostrando a coordenação existente para culpar o governo sírio por esses fatos e buscar apoio para uma intervenção militar contra o Irã.

O documento afirma que um combate em Altremseh, em Hama, a 209 quilômetros ao norte da capital, foi apresentado no Ocidente como um massacre cometido por forças do governo.

Neste confronto, esclarece, morreram 37 membros dos bandos fortemente armados e dois civis, e a própria missão da ONU na Síria verificou no terreno que não foi um massacre.

Massacres cometidos pelos grupos rebeldes em al-Houla, na província de Homs, a 162 quilômetros ao norte da capital, em Alkbeir, na província de Hama, foram objeto de uma ampla divulgação no exterior, mas atribuindo os fatos às autoridades.

Os meios de comunicação ocidentais se distanciam das condenações aos ataques terroristas e se o fizeram foi para não evidenciar a sua cumplicidade, como aconteceu com o ataque em 10 de maio de 2012, em Qassaa, que causou 55 mortes e deixou mais de 300 feridos, ou o de Dawar Aljamarek, que matou 27 pessoas, entre outros exemplos, enumera o Ministério da Informação.

O relatório observa que, aparentemente, as mentiras e fabricações de fatos midiáticos não foram suficientes no plano para destruir a Síria, e alguns jogadores recorrem agora à tentativa de cortar o do acesso da mídia síria aos canais de satélite onde eram divulgadas as informações sobre o que acontece no país.

Fonte: Prensa Latina