Chanceler sírio diz que êxito de Brahimi depende do exterior
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem, disse nesta segunda-feira (1) que o sucesso da missão do enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, está nas mãos dos países que financiam e armam os grupos rebeldes nesta nação.
Publicado 01/10/2012 10:34
Em declarações ao canal de TV al-Mayadine, citadas pela imprensa local, o funcionário sírio disse que seu país coopera com emissário para o progresso da sua gestão e o ajudar em tudo que for possível.
Ele ressaltou, porém, que se Brahimi não obtiver um compromisso dos países vizinhos que executam a política dos EUA contra a Síria, enfrentará os mesmos problemas que o seu antecessor, Kofi Annan.
O titular sentiu que o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, está obcecado com a aplicação do capítulo VII da Carta das Nações Unidas contra o seu país, com o que se justifica uma agressão e uma intervenção externa nos assuntos sírios.
"Não sei por que se insiste no capítulo VII, quando sabe-se que ele vai ser aproveitado para lançar uma ação militar contra a Síria", disse ele, lembrando que mais de 100 resoluções foram emitidas pelas Nações Unidas e o Conselho de Segurança contra Israel e nenhum deles se encontrava sob o Capítulo VII.
Ele também indicou que utilizar a questão das armas químicas contra o seu país é um argumento fabricado pelos Estados Unidos, tal como as chamadas armas de destruição em massa no Iraque para justificar a invasão.
"Temos dito que estamos dispostos a assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Químicas se Israel assinar o Tratado de Não Proliferação Nuclear", acrescentou.
Ele ressaltou que isso não significa que a Síria tem um arsenal químico ou planeja usar essas armas contra o seu povo. Essas acusações, denunciou, são absurdas e tentam colocar em marcha uma campanha semelhante à utilizada contra o Iraque.
Enquanto isso, o ministro de Relações Exteriores e Expatriados da Síria prossegue em Nova York com intensas gestões para divulgar a posição de seu país sobre a agressão da qual é vítima e buscar o apoio de outras nações para a rejeição da interferência estrangeira em seus assuntos e para o diálogo entre sírios.