Cuba: humanidade está ameaçada por mais de 20 mil armas nucleares
Durante a Junta de governadores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), realizado em Viena, de 10 a 14 de setembro, Cuba ratificou a convocação para trabalhar por um mundo sem armas nucleares, as quais considerou uma ameaça à espécie humana.
Publicado 18/09/2012 12:07
O representante cubano, Rodolfo Benítez, afirmou que “a humanidade está ameaçada por mais de 20 mil armas nucleares capazes de destruir a vida no planeta”. Apenas a eliminação total dos testes e armas nucleares “contribuirá para garantir a paz e a segurança mundiais”, apontou o embaixador.
Benítez considerou que para a comunidade internacional, o desarmamento nuclear deve ser um tema da maior prioridade, posição compartilhada pelo Movimento dos Países Não Alinhados (MNA), fórum integrado por 120 nações subdesenvolvidas.
Em sua recente cúpula, celebrada no final de agosto em Teerã, no Irã, o MNA qualificou as armas atômicas como “as formas mais desumanas de todas as armas”.
Uso pacífico do átomo
A ilha caribenha também defendeu o uso da energia nuclear para fins pacíficos. O embaixador da ilha mencionou os impactos positivos dessas aplicações em áreas prioritárias como a saúde humana, segurança alimentar, proteção ambiental e gestão dos recursos hídricos.
“Nosso país considera importante a contribuição da energia nuclear para o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida em nossos países”, afirmou Benítez.
O embaixador ressaltou o uso das técnicas nucleares em programas de nutrição, para melhorar o acesso à água potável e a otimização do uso dos recursos hídricos.
E mencionou o andamento de 23 contratos para complementar as atividades que realiza o país caribenho garantindo a utilização efetiva dos recursos recebidos da AIEA.
O representante cubano aproveitou a oportunidade para denunciar os prejuízos que a ilha tem para conseguir materiais radioativos utilizados nas áreas da saúde e segurança alimentar, devido ao bloqueio estadunidense à ilha.
Da Redação do Vermelho,
com Prensa Latina