Hillary chega à China em meio a advertências aos EUA

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chegou nesta terça (4) a Pequim, em uma visita oficial de dois dias a convite do ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi. Antes das reuniões oficiais,  a China endureceu suas advertências aos Estados Unidos para que não abandonem sua neutralidade nas disputas territoriais entre Pequim e seus vizinhos.

O objetivo da viagem é discutir questões de interesse bilateral e internacional, incluindo a crise na Síria. No entanto, fontes da imprensa acreditam que um aspecto de destaque desse encontro tem a ver com a posição dos EUA sobre as disputas territoriais no Mar do Sul da China e sobre o diferendo sino-japonês em torno das Ilhas Diaoyu.

Embora a China valorize as relações com os Estados Unidos, fontes oficiais criticaram nesta terça a falta de respeito de Washington com os direitos soberanos da China. "Enquanto o governo dos EUA elogia o progresso da China, mostra ao mesmo tempo pouco respeito por seus direitos soberanos nesta região do mundo", disse a agência de notícias oficial Xinhua.

Um comentário da imprensa oficial informou que os Estados Unidos têm tentado trabalhar com um número de nações do Sudeste Asiático para forçar a China a encontrar uma solução multinacional no Mar do Sul da China, apesar da forte oposição das autoridades de Pequim .

Segundo fontes da imprensa, antes de chegar a Pequim, Clinton recomendou que os estados do Sudeste Asiático "apresentem uma frente unida ante a China sobre a gestão das disputas territoriais sobre o Mar do Sul da China."

De acordo com analistas diplomáticos, isso contrasta com o alegado interesse de Washington para melhorar as relações com o gigante asiático.

Um comentário da agência noticiosa Xinhua afirmou que o governo dos EUA precisa entender que, quando se trata de assuntos relacionados à soberania e integridade territorial da China, Pequim não se compromete com ninguém, incluindo Washington.

Com Prensa Latina