Programa cubano de alfabetização beneficia mais de 6,5 milhões
O método cubano de alfabetização "Sim, eu posso” tirou do analfabetismo, em pouco menos de uma década, cerca de 6,5 milhões de pessoas, um número superior ao conseguido até hoje por outros programas no mundo.
Publicado 04/08/2012 00:16
Não havia sido desenvolvimento no mundo nenhum outro procedimento, explicou em conversa com a Prensa Latina, José Ricardo del Real, chefe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e Alfabetização do Instituto Pedagógico Latino-americano e Caribenho.
Isto pode ser somado à atual situação nas salas de aula onde existem mais de um milhão de iletrados, disse a diretoria ao referir-se aos resultados do sistema experimentado pela primeira vez na Venezuela em 2002 e que já se aplicou em 28 países.
Interrogado sobre os custos do método "Sim, eu posso” – que deve desenvolver-se entre sete e 14 semanas – Del Real afirmou que o custo é relativo em função da concepção do programa, mas que em média não supera os cinco dólares.
Dependendo da concepção do programa e a garantia dos materiais docentes, televisor e reprodutor de DVD, alfabetizar uma pessoa pode custar de quatro a cinco dólares, estimou.
Com uma aritmética simples se necessitariam sete mil 590 milhões de dólares para eliminar esse flagelo, a julgar pela estatística que consta em 759 milhões os adultos que a nível mundial não sabem ler e escrever.
O dado duplicaria se levar em conta os que não têm o nível equivalente ao ensino fundamental (seis graus), acrescentou. Nosso propósito, apontou, foi criar uma metodologia que irá assegurar um processo de ensino-aprendizagem com qualidade e em curto prazo, e que possa implementar-se com economia de recursos humanos e financeiros.
O sistema nos permite chegar aos lugares mais desconhecidos e não necessita a formação de docentes ao usar facilitadores, no geral voluntários, com os quais se diminuem os custos e tempos de duração, assegurou o acadêmico.
"Foi demonstrado que com economia de recursos e de tempo pode contribuir com a solução do fenômeno do analfabetismo” argumentou del Real ao destacar o plano piloto que se realiza atualmente na Austrália e sua aplicação no Equador.
Fonte: Adital