Aumento de impostos da China cai no primeiro semestre do ano

O Ministério das Finanças da China publicou nos últimos dias um relatório sobre as receitas fiscais, no qual pondera que a renda total de impostos do primeiro semestre deste ano foi de cerca de 5,49 trilhões de iuanes.

Comparado ao mesmo período do ano passado, o valor apresenta um crescimento de 10%, mas uma redução de 19,8 pontos percentuais na velocidade de aumento.

Conforme análises do Ministério chinês das Finanças, a queda do aumento das receitas fiscais ocorre devido à desaceleração do crescimento econômico e à redução de diversos impostos, entre eles o imposto sobre valor acrescentado (IVA) e o imposto sobre as empresas.

De acordo com o vice-chefe do Centro da China para Intercâmbios Econômicos Internacionais, Wang Jun, a redução do crescimento das receitas fiscais corresponde à tendência atual de desaceleração econômica. Ele disse:

"É inevitável que a recessão econômica cause redução de rendimento das companhias e de receitas fiscais. Porém, no aspecto de macrocontrole econômico, essa queda no crescimento de impostos favorece à promoção de um desenvolvimento econômico estável."

No final do ano passado, o governo chinês decidiu persistir nas políticas financeiras positivas e nas medidas de redução de impostos em 2012. No entanto, ainda existem alguns problemas no processo de execução das políticas. Ao falar da questão, Wang Jun afirmou:

"Há muito tempo os chineses vêm enfrentando uma carga tributária pesada. Desde a promoção da reforma fiscal em 1994, a taxa de crescimento dos impostos tem sido superior ao aumento do produto interno bruto (PIB). O governo central já destacou por várias vezes a importância da redução de impostos e fez grandes esforços no setor. No entanto, ainda não surgiram resultados satisfatórios."

Como uma parte indispensável da política financeira positiva, a redução de impostos pode ajudar as empresas a diminuir os custos operacionais e expandir os negócios. Além disso, o alívio da pressão tributária pode fazer com que as companhias tenham mais verbas para aumentar os salários dos trabalhadores ou distribuir aos investidores como dividendos. Isso favorece tanto à expansão da demanda doméstica, quanto à estabilidade do crescimento econômico.

No primeiro semestre deste ano, a velocidade de crescimento das receitas fiscais chinesas é cerca de 2,4 pontos percentuais maior que o aumento do PIB. Quanto à questão, Wang Jun declarou:

"Nos últimos anos, está cada vez maior a proporção que a receita fiscal ocupa no PIB. Isso não corresponde à tendência do desenvolvimento econômico, segundo a qual o valor dos impostos deve apresentar uma redução no caso de desaceleração econômica. A redução de impostos pode diminuir a carga tributária assumida pelas empresas, enquanto promove o consumo da população. Portanto, não é uma coisa ruim que o aumento da receita fiscal continue em queda no futuro."

Segundo previsão de Wang Jun, na situação de desaceleração do crescimento da receita tributária, o valor de impostos do ano registrará um novo recorde, superior ao aumento do PIB.

Fonte: Rádio Internacional da China