Livro revela que a ditadura executou 41 guerrilheiros no Araguaia
Enquanto acontecia, entre 1966 e 1974, a Guerrilha do Araguaia esteve envolta pelo manto do silêncio imposto pela censura da ditadura militar. Mais tarde, com a redemocratização, a história começaria a ser contada em reportagens e livros.
Publicado 14/07/2012 12:51
Publicações como a "Guerrilha do Araguaia: a esqueda em armas", de Romualdo Pessoa Campos Filho, deram um passo importante para o conhecimento do que ocorreu nas matas do Pará, com a avaliação do resultado de toda a ação de repressão há época.
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O Livro "MATA! O MAJOR CURIÓ E AS GUERRILHAS NO ARAGUAIA" resulta da pesquisa do jornalista, Leonencio Nossa, que ouviu dezenas de depoimentos que reveleram a ação militar de Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió, "um dos cem homens da política de extermínio" do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974).
Segundo o autor, a obra foi concebida a partir do acesso ao arquivo pessoal de Curió, 32 pastas, cinco mapas, seis álbuns de fotografias e muitos papéis soltos, tudo guardado numa mala de couro vermelho. O livro é ancorado nesse material, "o único que se conhece sobre fuzilamento de presos políticos na ditadura militar".
A obra revela que teria havido pelo menos 41 execuções, e não 25, como se imaginava. O livro traz a lista dos nomes das vítimas, com data e local das mortes. São informações relevantes, sobretudo porque emergem logo após a instalação da Comissão da Verdade.
Com informações da Folha