Ministro pede solução para reclamações da TIM e reforça punição
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reforçou que o governo vai punir a operadora Tim com a proibição da venda de seus chips, caso a empresa não tome medidas eficazes para reduzir o número de problemas técnicos e de reclamações dos consumidores. No entanto, ele disse que essa será feito como último recurso. Antes, é preciso dar prazos para que a operadora de telefonia móvel possa se estabelecer no mercado brasileiro.
Publicado 12/07/2012 16:39
Ao contrário do que alguns jornais estão divulgando, o ministro reinterou que o governo tem conhecimento do que está acontecendo em alguns estados e que cobram uma solução da TIM.
"Eu só acho que tem que ter ujma solução. Temos recebidos muitas e muitas reclamações. Isso é de conhecimento publico. Não é no Brasil inteiro são seis ou sete estados, onde tem problema. E, em alguns casos, o próprio poder judiciário já tomou medidas", disse Paulo Bernardo, referindo-se à pressão que as empresas estão sofrendo na esfera jurídica, que já interrompeu temporariamente a venda de novas linhas pela companhia, em algumas regiões do país.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) adiou as punições previstas para a operadora de celular TIM por conta da baixa qualidade dos serviços prestados aos usuários. As medidas estavam previstas para serem impostas no início desta semana. Há alguns tempo, a Tim lidera rankings de reclamações de consumidores diversos estados brasileiros como em cidades do Pará e do Piauí.
Além do Nordeste, no Sudeste também há crescimento das queixas. Pouco antes do fim do primeiro semestre deste ano, a TIM só perdeu para outra operadora de telefonia móvel, a Claro.
"É o seguinte, as vezes as pessoas perguntam: não é melhor mandar a empresa parar. Mas se queremos que as empresas se estabeleçam e venda seus serviços, eu acho que essa coisa de proibir a venda é o último dos recursos. Eu quero que venda mais e que cobre preço bom. Agora, tem que entregar o que vendeu", enfatizou Paulo Bernardo.
Questionado quais serão os próximos recursos adotados para regulamentar o serviço, o ministro completou: "Os próximos recursos será dar prazo para as empresas adotarem medidas para reduzir o número de problemas e reclamações. Repito, nós não somos racicais, não queremos fazer como ponto de honra e tomar uma medida duríssima. Agora, se tiver que fazer, vai ter que ser feito. Não podemos também simplesmente fechar os olhos para os problemas e não tomar providências".
Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo, na terça-feira (10), a agência estudava suspender a comercialização de novos chips pela TIM, caso a operadora não reduzisse o número de reclamações dos usuários.
Foi criada uma medida cautelar, proposta pela Superintendência de Serviços Privados, em que se daria 120 dias de prazo para a redução dos problemas. Em 60 dias a operadora teria de reduzir em 25% o número de reclamações feitas, em cada estado, pelos usuários. Nesse prazo de quatro meses, a quantidade de queixas levadas à agência precisaria ser reduzida pela metade. Caso a meta não fosse atingida, a TIM seria obrigada a interromper a comercialização de chips, Estado por Estado.
O discurso do ministro vai na mesma linha da Anatel que, no dia seguinte da matéria, divulgou que, antes de aplicar tal punição, vai estudar melhor o caso e sanções que podem ser aplicadas.
Em nota, a TIM afirma desconhecer "a existência de medida tão extrema, bem como os fundamentos dela" e declara cumprir e seguir "rigorosamente as orientações da Anatel em matéria de qualidade".
Da redação com Ministério das Comunicações