Chilenos lembram 41 anos da nacionalização do cobre por Allende
No Chile organizações políticas e sociais comemorarão nesta quarta-feira (11) o 41º aniversário da nacionalização do cobre por Salvador Allende (1970-1973), ato reivindicado como o Dia da Dignidade Nacional.
Publicado 11/07/2012 14:53
O histórico fato será lembrado com mobilizações nas principais comunas mineiras do país, onde se exigirá a renacionalização do cobre e a recuperação de outros recursos naturais como a água e o lítio.
Reconhecidas organizações sociais também comemorarão com uma mobilização em Santiago, a histórica medida impulsionada pelo governo da Unidade Popular e que o próprio Allende qualificou como a segunda Independência do Chile.
Uma representação ampla das entidades participantes do ato entregará uma carta na empresa estatal Codelco (Corporação Nacional do Cobre) e no Ministério de Mineração, instando à renacionalização do cobre.
"É um documento de caráter político e técnico que pretende justificar porque estamos exigindo a renacionalização de nossos recursos", apontou Gabriel Boric, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile.
Dia da Dignidade Nacional
Sobre a transcendência da data histórica que se comemora, o presidente da Confederação de Trabalhadores do Cobre (CTC), Cristian Cuevas, destacou que foi resultado de um longo processo de lutas sociais, políticas e sindicais.
Enfatizou que foi por unanimidade de todos os setores políticos e sociais representados no Congresso que se aprovou no dia 11 de julho de 1971 a nacionalização da Grande Mineradora de Cobre.
O líder social denunciou como sob o neoliberalismo foi desnacionalizado o estratégico minério, com cuja recuperação poderiam se financiar todas as demandas que motivam centenas de milhares de pessoas a sair às ruas.
“Poderia ter educação pública, de qualidade, gratuita e sem lucro; moradia e salário digno”, argumentou.
Com o objetivo de comemorar o Dia da Dignidade Nacional, está previsto também nesta jornada um ato solene na sede do Congresso de Santiago.
Fonte: Prensa Latina