Testes apontam possibilidade de envenenamento na morte de Arafat

Iasser Arafat continha grandes quantidades de polônio em seu corpo no período que antecedeu a sua morte. Esta é a conclusão do teste realizado por um laboratório suíço, a pedido da agência de notícias Al-Jazira, nos pertences pessoais utilizados pelo líder palestino durante o período que esteve internado em um hospital francês.

Os objetos foram doados pela viúva de Arafat e possuíam vestígios de sangue, suor, saliva e urina.

“Eu posso confirmar para você que nós medimos uma inexplicável e elevada quantidade de polônio 210 nos pertences do Sr. Arafat que continham resíduos de fluídos biológicos”, disse François Bochud, diretor do instituto dono do laboratório.

Testes conduzimos durante um período de três meses, entre março e junho deste ano, concluíram que a maioria do polônio encontrado – entre 60% e 80%, dependendo da amostra – não tinha origem natural, ou seja, foram produzidos artificialmente.

O líder palestino faleceu em 2004, após 13 dias internado em um hospital militar em Paris, na França. Em novembro de 2010, um de seus seguranças, Imad Abu Zaki, que trabalhou para Arafat de 1988 até o seu falecimento, afirmou que ele morreu envenenado, mas não por uma substância letal colocada em sua comida.

Em 2006, o agente russo Alexander Litvinenko morreu após ter sido exposto a grandes quantidades da mesma substância encontrada nos pertences de Arafat. Após investigações de uma corte britânica, foi revelado que ele foi envenenado em um restaurante japonês de Londres.

Do Portal Vermelho, com agências