China e Mercosul pretendem ampliar comércio para US$ 200 bilhões
A China e o bloco comercial sul-americano Mercado Comum do Sul (Mercosul) pretendem promover mais sua cooperação econômica e comercial para "alcançar em 2016 um valor comercial de US$ 200 bilhões", segundo um comunicado conjunto divulgado na semana passada.
Publicado 02/07/2012 16:19
O documento foi divulgado durante a 43ª Cúpula do Mercosul, encerrada na semana passada na cidade argentina de Mendoza.
As duas partes pretendem atingir essa meta "através da adoção de medidas conjuntas destinadas a diversificar a estrutura do comércio e aumentar, de forma equilibrada, os fluxos de intercâmbio comercial entre a China e cada um dos países membros do Mercosul", explica o comunicado.
A China e o bloco sul-americano concordaram em "proporcionar um ambiente favorável para os investimentos recíprocos", assim como "impulsionar a cooperação com o objetivo de ampliar as capacidades de suas instituições financeiras", segundo o documento, que também contempla o fortalecimento do "intercâmbio de informação de leis, normas, regulamentos e políticas relacionados à cooperação econômica e comercial".
Ao mesmo tempo que prometeram melhorar a cooperação no âmbito comercial multilateral, as duas partes expressaram sua preocupação com as dificuldades enfrentadas pela Rodada de Doha, no marco das negociações da Organização Mundial do Comércio, e pediram a retomada das negociações.
As negociações de Doha devem "atingir um acordo ambicioso, integral e equilibrado que contemple os interesses e as necessidades dos países em desenvolvimento, em particular no setor agrícola", afirma a declaração conjunta.
Além disso, a China e o Mercosul concordaram em convocar uma reunião de representantes governamentais entre as duas partes e organizar "cursos de capacitação e seminários para funcionários, profissionais e técnicos especializados" a fim de implementar o conteúdo do comunicado.
As duas partes também aproveitaram a ocasião para expressar sua preocupação compartilhada com a "incerteza e a insegurança gerada pela atual situação econômica mundial resultante da crise com epicentro nas economias desenvolvidas", e segundo essa ideia concordaram em "coordenar esforços para enfrentar o protecionismo comercial, salvaguardando a previsibilidade do sistema comercial multilateral".
Fonte: Xinhua