Cúpula de Xangai se reúne em Pequim para projetar nova década
A 12ª Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, a ser realizada na quarta (6) e quinta-feira (7) na China definirá o tom para o desenvolvimento do bloco de seis membros na próxima década.
Publicado 05/06/2012 08:15
A fundação da Organização de Cooperação de Xangai, em Junho de 2001, foi um grande evento internacional, que remodelou a paisagem estratégica global e contribuiu para o equilíbrio de poder.
Este ano marca o início da segunda década da organização. A cúpula de Pequim vai assumir a tarefa histórica de mapear um novo modelo de cooperação entre atores globais cada vez mais importantes.
A cúpula de Pequim da Organização de Cooperação de Xangai vai apontar o rumo e as principais tarefas para a próxima década e aprovará o Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Médio Prazo da organização.
"Não é exagero dizer que a adoção deste documento terá uma grande influência sobre o desenvolvimento da Organização de Cooperação de Xangai, disse o "vice-ministro das Relações Exteriores da China, Cheng Guoping.
Segurança e cooperação econômica são as duas áreas-chave da Organização de Cooperação de Xangai. Durante a última década, a organização teve realizações notáveis nessas duas áreas. Os esforços coordenados têm ajudado a garantir a paz e a estabilidade na região.
A cúpula de Pequim adotará alterações nos regulamentos da organização sobre medidas políticas e diplomáticas e mecanismos de resposta a eventos que comprometam a paz regional, a segurança e a estabilidade. Quanto à economia, a Organização de Cooperação de Xangai estabeleceu uma plataforma eficaz para o aprofundamento da cooperação, o que levou a um rápido aumento no volume do comércio entre os seus membros. Um caso em questão: o comércio anual da China com o resto dos membros da organização cresceu de 12,1 bilhões de dólares em 2001 para cerca de 90 bilhões de dólares em 2011.
Espera-se que a China, país anfitrião da cúpula deste ano, vai apresentar novas propostas para reforçar a cooperação econômica no seio da organização.
Além disso, a cúpula vai tentar chegar a um consenso sobre a criação de mecanismos de garantia de financiamentos multilaterais e acelerar a facilitação do transporte.
Expansão do organismo será outra questão na cúpula de Pequim. Como mais e mais países estão expressando interesse em aderir ao bloco intergovernamental, o encontro vai deliberar o estatuto de observador e parceiro para determinados países.
Numerosos estudiosos sugerem que a Organização de Cooperação de Xangai deve ser cautelosa sobre a concessão de filiação, pois qualquer decisão precipitada a esse respeito poderia minar a capacidade do bloco, dadas as grandes diferenças econômicas e históricas entre os países individuais.
Acredita-se que a cúpula de Pequim será um marco na história da Organização de Cooperação de Xangai, e é certo que ela dará novo impulso para o desenvolvimento do bloco de seis membros, constituído por China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão.
Fonte: China Daily