Sírios apoiam discurso de Al-Assad sobre ataques ao país

As palavras do presidente sírio, Bashar al-Assad, foram bem acolhidas por setores da população, em especial suas advertências sobre os perigos que ameaçam a segurança nacional.

Muitas pessoas consultadas consideraram positivo e muito moderado o discurso que deu Al-Assad neste domingo (3) na Assembleia do Povo, na qual advertiu que a segurança nacional é uma linha vermelha, que não pode ser ultrapassada.

Comerciantes, taxistas e gente de povo serviram de termômetro em uma pesquisa realizada pela agência cubana de notícias Prensa Latina pelas ruas de Damasco, na qual ressaltou a alegria da maioria pela firme posição do presidente, reflexo do que sentem amplos setores da sociedade.

"O terrorismo não pode ser justificado ou tolerado", disse um comerciante local que se identificou como Wael, ao comentar sobre o discurso e a decisão do governo a responder com mão de ferro aos que tratam de desestabilizar o país e se opõem ao diálogo convocado pelo mandatário.

Ao mesmo tempo, um taxista de sobrenome Halaki levantava sua mão com o V de vitória para expressar seu apoio às palavras do governante e sua denúncia de que o país enfrenta uma verdadeira guerra, um esquema de sedição e destruição, cujo instrumento são os grupos armados apoiado por países ocidentais e monarquias do Golfo.

Outros acolheram o chamado a separar o processo político das ações de setores favoráveis aos terroristas, e sublinharam a necessidade de agir com mão de ferro contra os que derramam o sangue de civis inocentes.

A população local indica que o país está preparado e aberto para o diálogo entre todos os atores da crise, mas que não aceitarão imposições provenientes do exterior. "Os sírios devemos arrumar os assuntos da nossa casa sem chamar o vizinho", comentou uma dona-de-casa que se identificou como Karina.

Enquanto isso, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em referência à situação neste país, reiterou que não há alternativa ao plano do enviado da ONU à Síria, Kofi Annan, para uma solução política e diplomática da crise.

Lavrov, em conversa telefônica com Annan no domingo, indicou que a tarefa principal nesta etapa é unificar os esforços dos principais atores para assegurar a implementação da iniciativa.

Fonte: Prensa Latina