Investigação conclui que terroristas praticaram massacre
O Exército sírio e as forças de segurança não tiveram nada a ver com o massacre de mais de cem pessoas, ocorrido na última sexta-feira (25), em Houla, província localizada ao norte de Homs, segundo fonte oficial.
Publicado 31/05/2012 17:48
O general de brigada Qasseem Suleiman, ao falar em nome da equipe de investigação criada para esclarecer os fatos, atribuiu a grupos terroristas armados que chegaram no local, em coordenação com outros que já ocupavam o povoado e cometeram assassinatos.
Durante a investigação o grupo concluiu que as vítimas não foram feridas por morteiros, ou estilhaços de balas de armas pesadas, nem encontrou escombros na área, resultado de disparos de artilharia e na observação também não encontrou mutilação dos corpos por causa deste tipo de projéteis.
Qasseem falou com testemunhas do bairro atacado que disseram que nem nesta ocasião nem nunca as forças governamentais entraram na zona que se mantinha sob ocupação dos grupos irregulares armados. Agregou que a maioria das famílias assassinadas não apoiava nem tinha participação política com seus assassinos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sírio, Jihad Makdissi, destacou que “com esta ação se pretendia atingir a unidade nacional e romper a convivência entre os distintos grupos religiosos sírios, o que não deu certo”.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, alertou nesta quinta-feira (31) sobre as ameaças de uma “catastrófica guerra civil” na Síria. Para ele, os riscos aumentaram depois do massacre de 108 pessoas, inclusive crianças, em Houla, no centro do país.
Para ele, é fundamental implementar o plano de paz negociado pelo emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, e negociar o fim da violência na região. Na última terça-feira (29) Kofi Annan conversou com o presidente sírio, Bashar Al Assad, e pediu que ele “tome medidas corajosas” encerrando a onda de violência. Segundo Assad, as dificuldades são impostas por “terroristas armados”, ele nega a ação do governo nos massacres.
Da Redação, com agências