Alba articula projetos de saúde para a América Latina
Países membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) coordenam nesta quinta-feira (31), na Nicarágua a execução de um projeto para assegurar maior qualidade e acesso de seus habitantes aos medicamentos.
Publicado 31/05/2012 08:12
O fórum se reunirá em Manágua até a sexta-feira (1º/6) e tem o propósito de definir tarefas para pôr em funcionamento o Centro Regulador e Registro Único de Medicamentos da Alba e a implementação desse sistema, conhecido como Albamed.
Também o intercâmbio permitirá concertar esforços com vistas à criação de outra importante iniciativa: a Albafarma, que se dedicará à comercialização e a distribuição de medicamentos e outros produtos para a saúde humana entre os Estados da Alba.
O coordenador da Albamed, o médico cubano Rafael Pérez Cristiá, destacou a importância de dispor de um mecanismo único para assegurar o controle de qualidade e a regulação sanitária dos medicamentos dentro do âmbito da Alba e ao mesmo tempo viabilizar as compras e reduzir o custo dos investimentos.
Em cerca de 60 por cento dos territórios da América Latina o acesso aos medicamentos essencias é inferior a 80 por cento e as enfermidades para as quais estes produtos seriam vitais, entre elas a malária, a tuberculose e a aids, estão dizimando nossos povos, assinalou o especialista.
Modificar essa situação constitui um dos maiores desafios da Alba e o estabelecimento da Albamed contribuirá para garantir o emprego de fármacos com a garantia de sua qualidade, segurança, eficácia e ao menor custo possível, considerou.
Segundo confirmou, espera-se que brevemente os Estados signatários da Alba assinarão o tratado constitutivo da Albamed, enquanto continuam os preparativos para desenvolver o projeto da Albafarma.
Na opinião da ministra nicaraguense da Saúde, Sônia Castro, o estabelecimento dessas estruturas significa um grande passo adiante na integração regional sobre bases solidárias e humanistas.
No intercâmbio de opiniões intervieram os embaixadores da Venezuela, Maria Alejandra Ávila, e de Cuba, Eduardo Martínez Borbonet, assim como representantes da Secretaria Executiva da Coordenação Permanente da Alba, entre outras autoridades.
Para o diplomata cubano, a coordenação de esforços em matéria de Saúde não só demonstra seu impacto social positivo, mas também a viabilidade econômica, em um cenário de luta contra a pobreza e a desigualdade.
Em declarações à Prensa Latina, Pérez Cristiá distinguiu que o Projeto supranacional da Alba em matéria de saúde seguirá incorporando novas instituições além da Albamed e Albafarma, a fim de potenciar o desenvolvimento endógeno de cada nação em escala regional.
Estão identificados, comentou, os medicamentos essenciais de maior demanda nos países integrantes da Alba e a oportunidade de comprar no bloco ao mercado internacional será financeiramente vantajoso para todos, o que se acrescentará ao fomento de capacidades produtivas próprias.
Prensa Latina