Tropas francesas deixam Afeganistão em 2012, confirma Hollande

O processo será coordenado de maneira conjunta com as autoridades afegãs e a Organização do Tratado do Atlântico Norte. "Ainda que a França mantenha uma presença militar, ela terá um papel diferente, nossa cooperação vai focar nas frentes civis", pontuou o presidente. 

Em uma coletiva de imprensa na Embaixada da França em Cabul, o chefe de Estado europeu rendeu homenagem aos 83 soldados nacionais mortos na capital e assinalou que a retirada dos 3.500 homens só está relacionada às forças de combate.

"Os militares franceses que permanecerão no Afeganistão trabalharão na formação de quadros do Exército afegão, da Polícia e cobrirão postos no hospital e no aeroporto", esclareceu.

Ao terminar o período de transição, não haverá mais ações militares, mas sim de cooperação nos âmbitos da educação, cultura, arqueologia e previdência", assegurou o presidente.

Hollande afirmou que o objetivo de manter os efetivos franceses responde à perspectiva de instalar em Cabul empresas francesas em condições seguras.

A partir da base de Nijrab, província de Kapisa, nordeste da capital, o visitante explicou a seus militares que o compromisso da França com o Afeganistão entrava em fase de transição, na qual ocorrerá a cooperação civil no marco do tratado bilateral de amizade assinado em janeiro deste ano.

Ele insistiu que já chegou o momento de passar aos afegãos o gerenciamento e defesa de seu território. O estadista viajou acompanhado dos ministros de Defesa, Jean-Yves Lhe Drian, e de Assuntos Exteriores, Laurent Fabius.

Com Prensa Latina