Instituto Mauá investe no artesanato para combater a seca

Diante da situação de calamidade em que se encontram 236 municípios baianos, em virtude do longo período de estiagem que atinge boa parte do interior do estado, o Instituto Mauá elaborou um plano de ação para aproveitar o potencial da atividade artesanal como fonte de renda. Com o objetivo principal de auxiliar o combate da estiagem, o Mauá irá investir R$ 350 mil – 50% do orçamento total de 2012 – na aquisição, em caráter especial, de peças de artesanato produzidas nas cidades mais afetadas.

"Com esse investimento, queremos incrementar e movimentar a economia dos municípios. A ideia é comprar e escoar essas peças nas feiras e lojas do Mauá", explica a diretora geral do Instituto, Emília Almeida. Até dezembro, a meta de aquisição é de 42 mil peças no Estado.

O órgão irá investir, ainda, na capacitação artesanal para assegurar a qualidade das peças e, consequentemente, uma melhor inserção no mercado. Já estão programadas oficinas de Bordado à Máquina, Artesanato em Crochê, Tecelagem com Sisal e Desenvolvimento de Produtos com a Fibra da Bananeira.

O cadastramento de artesãos também será intensificado nas cidades atingidas pela seca, as quais terão sua produção artesanal incrementada com a cessão de equipamentos e maquinário. Na lista dos beneficiados, estão pólos referência na produção de cerâmica, como Irará e Barra; a quarta maior cidade do Estado, Vitória da Conquista, destacada na produção de renda; localidades de tradição em cestaria, a exemplo de Santa Brígida, Valente e Nova Fátima; os municípios distintos pela qualidade do bordado, Rio de Contas e Guanambi; os produtores de tecelagem, Paulo Afonso, Jeremoabo e Nova Soure; as cidades de Feira de Santana e Rio de Contas, destaque no artesanato em madeira; entre outras.

E o Instituto já está consolidando parcerias com shoppings de Salvador para a realização de eventos de promoção e comercialização de artesanato, priorizando, mais uma vez, os municípios afetados pela estiagem. "É imprescindível garantir que estas cidades continuem produzindo e movimentando a economia local para assegurar renda aos artesãos e à comunidade", destacou Emília Almeida.

As ações do Mauá somam-se aos esforços dos governos Federal e Estadual para minimizar os prejuízos à economia baiana, que, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estão estimados em mais de R$ 7,7 bilhões. O Ministério da Integração anunciou liberação imediata de R$ 10 milhões e, entre as medidas de emergência tomadas pelo Governo da Bahia, a distribuição de mais de 24 mil vales cestas básicas, créditos especiais para produtores rurais, contratação de carros-pipa e a realização de obras estruturantes, como abertura de cisternas e construção de adutoras.

Fonte: Ascom do Instituto Mauá.