Linera: EUA querem controlar biodiversidade da Bolívia
O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, denunciou a "trama monstruosa e planetária de controle da biodiversidade" impulsionada na Bolívia por entidades associadas a grandes potências, durante uma entrevista concedida em Caracas nesta terça-feira (22).
Publicado 22/05/2012 11:31
Em declarações à Venezolana de Televisión, o alto funcionário público recordou que os processos revolucionários na América Latina estão levando adiante, com maior ou menor profundidade, grandes transformações econômicas e políticas, o que gera reações da oposição ultraconservadora.
Os contrarrevolucionários não abandonarão facilmente os privilégios e, se não podem conseguir pela via democrática, o tentarão pela via violenta, alertou.
No caso específico da nação andina, indicou a existência de organizações não governamentais, especialmente vinculadas aos Estados Unidos, e a "toda esta trama monstruosa e planetária de controle da biodiversidade".
Várias dessas entidades estão presentes na Bolívia e sua atuação está vinculada a "esta lógica imperial de preservação do meio ambiente para as grandes potências", tentando promover dirigentes sociais contra o governo.
Estamos enfrentando este conflito entre a vontade nacional estatal de estabelecer soberania e esses grupos que querem "preservar microrepubliquinhas, onde o Estado não está presente", afirmou Linera, que acrescentou que nesses casos foi detectado financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID, por sua sigla em inglês).
O vice-presidente ratificou que a zona da Amazônia é para os latino-americanos, e lembrou que 95% da população indígena faz parte das estruturas de decisão e de poder da nação sul-americana.
"Dos 5% restante, chegamos a acordos com mais da metade, e a outra parte é a que promove as passeatas, que tem bastante repercussão nos meios de comunicação, com o objetivo de converter esse movimento em algo que aparentemente abarque a maioria do povo indígena".
"Estaríamos falando de um movimento que, no melhor dos casos, abarca 5% do total dos indígenas", sublinhou.
De acordo com ele, para contrapor essa situação, a administração do presidente Evo Morales decidiu impulsionar, entre outras medidas, meios de comunicação alternativos e várias rádios comunitárias foram criadas.
Fonte: Prensa Latina