Em assembleia, professores decidem continuar em greve na Bahia
A greve dos professores da rede estadual de ensino da Bahia continua. A manutenção da paralisação foi decidida em assembleia da categoria, realizada na manhã desta quinta-feira (10/5), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Os docentes definiram ainda uma série de atividades de mobilização em todo o estado e marcaram uma nova assembléia para a próxima terça-feira (15), no mesmo local.
Publicado 10/05/2012 17:00 | Editado 04/03/2020 16:18
“A greve continua, pois apesar de dizer que está aberto ao diálogo, o governo se recusa a sentar-se à mesa para negociar, além de ter cortado o salário dos professores, em alguns casos zerando o contracheque. Com isso, nós manteremos a greve e a mobilização”, informou o coordenador do Sindicato dos Profissionais em Educação do Estado da Bahia – APLB, Rui Oliveira.
Oliveira e outros dirigentes da APLB se reúnem nesta quinta-feira, às 17h, com o arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, que tentará mediar as negociações entre professores e o governo do Estado. Além disso, participam nesta sexta-feira, juntamente com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com representantes do Ministério da Educação para discutir a greve na Bahia. Os partidos políticos PT, PSB e PCdoB pediram uma audiência com o governador para intermediar a negociação.
Os professores realizam também uma manifestação no próximo sábado (12/5), a partir das 10h, em frente ao shopping Iguatemi, um dos mais movimentados da cidade, na qual mostrarão os contracheques zerados e farão uma homenagem ao dia das mães, ofertando rosas às mães presentes. A APLB fará ainda uma panfletagem durante o clássico BAxVI, no domingo, explicando os motivos da paralisação.
Em greve há 30 dias, os professores cobram o cumprimento de uma promessa, acordada entre o governo e a APLB no ano passado, de reajuste nos salários da categoria em 22,22%. Mas, o governo do estado alega que não tem recursos para pagar o índice a todos os professores e enviou um projeto para AL-BA, aprovado pelos deputados, reajustando o salário da categoria em apenas 6,5%. Sem negociação, o impasse está mantido e a greve continua.
De Salvador,
Eliane Costa.