Polo de Manaus evitou devastação da floresta, afirmam senadores
O Polo Industrial de Manaus tornou-se um instrumento contra a devastação da floresta amazônica, afirmaram nesta segunda-feira (7) os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) durante a sessão especial sobre os 45 anos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), também presente à sessão, disse que, graças ao modelo implantado no polo, o estado do Amazonas conseguiu preservar 98% de sua floresta.
Publicado 08/05/2012 11:02 | Editado 04/03/2020 16:11
Vanessa Graziottin notou que a geração de emprego no Polo Industrial de Manaus reduziu a pressão sobre a floresta, mas cobrou uma reflexão sobre o futuro desse modelo iniciado em 1967. Segundo ela, é preciso avançar não somente em sua consolidação, mas também na transformação da biodiversidade amazônica em produto.
Biodiversidade – A parlamentar afirmou que o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) precisa dar um passo significativo e qualitativo no desenvolvimento de pesquisas inovadoras, com foco na geração de produtos da biodiversidade.
Além disso, a Suframa, na sua avaliação, deve se transformar em agência de desenvolvimento regional, contribuindo com os demais estados da Amazônia.
A senadora destacou também que o modelo surgiu a partir de uma análise geopolítica, que visava desenvolver a região Amazônica e integrá-la ao território nacional. “A base estava calçada no estabelecimento de um processo produtivo capaz de substituir as importações. E é um modelo que tem dado muito certo”, lembrou.
Inclusão – Para o senador Eduardo Braga, é preciso “incluir a floresta” no Polo Industrial de Manaus. Uma das sugestões do senador é estimular, no polo, a fabricação de pneus com a borracha da região.
“É necessária, com a riqueza que Deus nos deu, a transformação rumo a um modelo de desenvolvimento econômico-social com responsabilidade ambiental, um desenvolvimento sustentável” afirmou o senador.
Eduardo Braga disse esperar que a interligação de Manaus com as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio viabilize a primeira grande indústria no polo – a de transformação da silvinita em potássio, matéria-prima de fertilizantes.
Desafio – O superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, destacou que o modelo ZFM é extremamente positivo para a região, uma vez que foi o responsável pela expansão da economia em toda a Amazônia Ocidental, com grande contribuição para o país. “Hoje vemos que os resultados apresentados pelas empresas do Polo Industrial de Manaus permanecem, ano a ano, num crescente, tanto em produção quanto em empregos. O escoamento da produção ainda é um dos maiores desafios, que precisamos solucionar. Devemos trabalhar forte esta questão da logística local para nos manter competitivos nacional e internacionalmente”, defendeu.
Fizeram parte da mesa da sessão solene também o deputado Francisco Souza (PSC-AM), representando a Assembleia Legislativa do Amazonas, e a secretária do desenvolvimento da produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Heloisa Regina Guimarães de Menezes. Estiveram ainda presentes no evento vários representantes do meio empresarial da ZFM.
Agência Senado e Assessoria