PCdoB: decisão do governo é passo adiante para reduzir juros
A presidente Dilma Rousseff reuniu, pela segunda vez no ano, o Conselho Político do Governo, para anunciar as mudanças na caderneta de poupança. A reunião com o Conselho Político coincide com outras duas reuniões nesta mesma quinta-feira (3) – com centrais sindicais e empresários. Todas têm como foco reforçar a necessidade de medidas para garantir o crescimento econômico do país. O Conselho Político é formado por líderes governistas e partidários.
Publicado 03/05/2012 16:56
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, participou do encontro e saiu muito otimista. Ele avalia que as mudanças propostas pela presidente Dilma é “um passo adiante e vai no sentido que o PCdoB defende, que é a redução dos juros e a elaboração de uma agenda para que o povo e o Congresso pudesse acompanhar e se mobilizar”.
Rabelo anunciou que, após a reunião com sindicalistas e empresários, o governo vai enviar ao Congresso uma Medida Provisória definindo novas regras para a caderneta de poupança. As regras, segundo explicou o líder comunista, só valerão para os novos poupadores.
“O governo encontrou a proposta certa”, disse Renato Rabelo, explicando que todos os que já estão na poupança continuam com a mesma regra. “Só muda para quem entrar amanhã e quando a taxa Selic for igual ou menor que 8,5% a taxa de juro seria 70% dessa Selic”, disse. Para ele, essa é exatamente uma das medidas necessárias para que os juros baixem mais ainda.
“Trio da morte”
Renato Rabelo contou ainda que, na abertura da reunião, “a presidente Dilma repetiu o que já havia dito horas antes na posse do novo Ministro do Trabalho e que nós do PCdoB e os economistas mais independentes já debatiamos, que o Brasil vive três entraves. Conhecido como Trio da Morte, os problemas são juros muitos altos, câmbio sobrevalorizado que pode ameaçar a indústria brasileira e impostos muitos altos”.
O presidente do PCdoB disse que foi o último a falar. E que a presidente Dilma fez referência à fala dele várias vezes, demonstrando concordância de que “no mundo de muita incerteza, com a crise nos chamados países ricos, o problema é a desesperança, mas com agenda definida e a demonstração de que o governo sabe o que quer, eleva a esperança do povo”.
De Brasília
Márcia Xavier