Farc: Rigoberta Menchú é esperada, mesmo com recusa de Santos
Apesar da negativa do governo colombiano de permitir a participação da Prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchú como garantia em um processo de libertação, a ativista guatemalteca é esperada na nação sul-americana.
Publicado 29/03/2012 15:47

Rigoberta Menchú vai à Colômbia, escreveu em sua conta da rede social Twitter a pacifista e ex-senadora Piedad Córdoba, que reproduziu as declarações expressadas pela ativista.
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Menchú disse, nesta quarta-feira (28) à Prensa Latina na Guatemala que no próximo sábado (31) chegará a Bogotá por causa do processo de libertação unilateral anunciado pelas Forças Armadas Colombianas (Farc), decisão bem acolhida aqui por parte de defensores de direitos humanos, entre outros setores.
Até agora, Menchú assegura não ter recebido nenhuma comunicação oficial do governo de Bogotá em rejeição a sua participação em dito processo, enquanto a chancelaria afirma o contrário, porém sua posição foi expressada por meio de um comunicado público.
Por isso, a pacifista guatemalteca sublinhou que mantém sua decisão de viajar à Colômbia para continuar seu trabalho de acompanhamento com o movimento civil Colombianos e Colombianas pela Paz, que realiza junto com defensores dos direitos humanos e outros fatores.
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Sobre o veto proferido pelo governo colombiano ao Prêmio Nobel e a outras entidades e administrações estrangeiras, o diretor do semanário Voz, Carlos Lozano, indicou que o Executivo deve revisar sua decisão.
Lozano, que também faz parte do Colombianos e Colombianas pela Paz, recordou que a presença de Menchú em dito processo humanitário estava prevista e portanto o Governo deve respeitar isso.
No entanto, manifestou confiar em que a posição oficial de desautorizar a participação de personalidades estrangeiras na libertação não vai afetar a operação.
Libertação
Enquanto isso, Córdoba confirmou que se mantêm as datas previstas para as libertações unilaterais de 10 agentes anunciadas pelas Farc.
A primeira entrega seria no próximo 2 de abril, com jornada de descanso no dia seguinte, e a segunda entrega se realizaria 4 de abril, em Villavicencio, capital do departamento de Meta, detalhou.
A ex-parlamentar anunciou que aproveitarão estes três dias para realizar um fórum sobre segurança carcerária e direitos humanos, no qual se espera que Menchú participe junto às Mulheres do Mundo pela Paz.
Todos estes preparativos para o processo humanitário ocorrem no meio de uma forte ofensiva militar contra a insurgência, com um saldo de quase 70 guerrilheiros mortos em apenas uma semana.
Fonte: Prensa Latina