Lucia alerta para o perigo de privatização da Amazonas Energia
Os constantes apagões de luz registrados, recentemente, em Manaus, podem ser um prelúdio para a privatização dos serviços de energia elétrica no Amazonas. O alerta foi feito, nesta terça-feira (20), na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), pela vereadora Lucia Antony (PCdoB), que chamou a atenção para o fato de que esta estratégia foi usada para privatizar outros serviços públicos, sem que o resultado tenha sido satisfatório.
Publicado 21/03/2012 22:28 | Editado 04/03/2020 16:11
“Espero que os apagões não sejam uma orquestração para privatizar a Amazonas Energia como fizeram com a Cosama (Companhia de Saneamento do Amazonas), quando disseram que só a privatização resolveria a questão da água. Nós já estamos na segunda CPI para investigar o problema de abastecimento da água, que ainda não foi resolvido como prometido anteriormente”, enfatizou a parlamentar.
Para a líder do PCdoB, a privatização da energia elétrica faz parte de um processo que tem tomado conta de todas as esferas do poder no país de entrega dos serviços públicos essenciais para as mãos da iniciativa privada. Ela citou o caso dos aeroportos, que ao longo do tempo foram sucateados e que, agora, estão sendo privatizados, situação que foi denunciada várias vezes pela vereadora na tribuna do Legislativo Municipal.
Lucia Antony conclamou a população a fazer uma vigilância permanente para não permitir que o patrimônio público seja dilapidado em nome da Copa do Mundo de 2014. “Eles alegam que não temos como resolver o problema de energia e que, portanto, a única solução seria a privatização da Amazonas Energia. Que não temos como resolver o problema dos aeroportos e que, portanto, devem ser privatizados os aeroportos. Que não temos como resolver o problema do camelô na rua, então que se privatize o camelódromo. Que não temos como solucionar o lazer na Ponta Negra e que, portanto, deve-se privatizar a Ponta Negra. Sou contra todo este processo de privatização’, frisou.
Lucia Antony afirmou que está em contato com a direção da Amazonas Energia e com o Sindicato dos Urbanitários para poder realizar uma audiência pública para debater a questão dos apagões em Manaus, por entender que “a energia, assim como a água, são bens de vida que não podem ser tratados como meras mercadorias”.
Assessoria de Comunicação