A história do PCdoB nas páginas da Carta Maior
O artigo “Um Partido de luta em favor do povo brasileiro”, assinado por José Reinaldo Carvalho, jornalista, secretário nacional de Comunicação do PCdoB e editor do Portal Vermelho, está sendo veiculado desde terça-feira (13) no conteúdo da Carta Maior, veículo multimídia criado no período da primeira edição do Fórum Social Mundial, em janeiro de 2001, em Porto Alegre.
Publicado 14/03/2012 16:44
O texto, postado na seção Debate Aberto, coloca na pauta do dia o protagonismo heroico do Partido Comunista do Brasil, que completa 90 anos no próximo dia 25 de março, sempre ao lado das lutas democráticas e sociais do povo e do trabalhador.
Leia, a seguir, o texto de José Reinaldo Carvalho, na íntegra:
O Partido Comunista do Brasil chega aos 90 anos no dia 25 de março. O PCdoB desde sempre adotou como programa máximo a conquista do socialismo no Brasil e nunca esteve desvinculado da realidade nacional nem das lutas democráticas, patrióticas e sociais dos trabalhadores e do povo.
Símbolo maior dos movimentos populares de esquerda e atuação marcante na luta pela democracia brasileira nos anos de ditadura militar, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) chega aos 90 anos no dia 25 de março com os mesmos princípios e ideais de sua fundação, ocupando posição de destaque entre os mais importantes partidos do país.
Desde a sua formação, em 1922, na cidade de Niterói, o PCdoB contou com o talento de personalidades como Astrojildo Pereira, figura destacada da intelectualidade brasileira. Mas a expressão popular veio com Luiz Carlos Prestes. Na segunda metade do século 20 agigantou-se também o papel de João Amazonas.
O Partido Comunista do Brasil atravessou muitas etapas, deitou raízes profundas no solo nacional, desenvolveu-se inserido nos grandes acontecimentos do país, nos quais influiu, projetou o seu prestígio internacional e se tornou corresponsável por muitas conquistas democráticas e nacionais do povo.
Ao longo dos seus 90 anos, o partido dos comunistas enfrentou alguns surtos de violência que tornaram seus militantes, dirigentes e quadros mártires da luta pela liberdade. Da fundação (1922) até o final da ditadura do Estado Novo (1945), o Partido viveu apenas um breve hiato à luz do dia. A regra geral foi a clandestinidade e o enfrentamento com os esbirros da reação.
O Partido enfrentou situações tenebrosas e pagou com a vida dos seus melhores ativistas e dirigentes: a repressão que se seguiu ao levante de 1935, o final dos anos 1930, o início da década de 1940, quando o verdugo Filinto Müller proclamou solenemente a eliminação física do Partido, um ledo engano, aliás, pois não só os comunistas jogaram papel decisivo nas refregas políticas que levaram ao fim do Estado Novo, como atuaram com destaque nas manifestações que pediam o engajamento do país no esforço de guerra dos aliados.
A existência de uma organização política vinculada às aspirações fundamentais das classes trabalhadoras, originada da luta de classes e que desde sempre adotou como programa máximo a conquista do socialismo no Brasil, nunca esteve desvinculada da realidade nacional nem das lutas democráticas, patrióticas e sociais dos trabalhadores e do povo.
Fonte: Carta Maior