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Roger Waters e Camila Vallejo conversam sobre conflito estudantil

O ex-líder do grupo Pink Floyd Roger Waters se reuniu com a dirigente estudantil chilena Camila Vallejo durante mais de quatro horas e a convidou para participar de um ensaio para os shows que fará nesta sexta-feira e no sábado em Santiago. Segundo a estudante, o músico quis saber mais sobre as manifestações dos estudantes por melhorias na educação.

Camila Vallejo presenteou o músico com seu livro, 'Podemos cambiar el mundo' / Foto: EFE

Camila considerou o encontro, que aconteceu na quarta-feira, como 'muito importante' e destacou a figura de Waters, que ao longo de sua trajetória artística 'soube explorar em sua obra musical temas políticos muito relevantes'.

Waters teria em seguida uma reunião com o presidente do Chile, Sebastián Piñera. De acordo com Camila, ele disse que gostaria de falar com ela antes do encontro, para saber um pouco mais sobre as mobilizações ocorridas em 2011. Assim iria à reunião com mais informações.

"Mas claro que desta reunião não se poderá esperar muito, porque são questões muito protocolares", afirmou ela. O encontro de Camila com Waters aconteceu no Estádio Nacional da capital chilena, que será o palco do show do artista britânico, baseado no disco 'The Wall'.

Waters e Camila conversaram sobre os sistemas de educação chileno e britânico, entre outros assuntos, e a líder estudantil presenteou o cantor com exemplar de seu livro 'Podemos cambiar el mundo', no qual conta alguns detalhes dos protestos que os estudantes de seu país fizeram no ano passado para exigir melhorias na educação.

'Eu acho que o que está acontecendo no Chile o mundo também está vivendo', disse nesta quinta Camila, atual vice-presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECH) à 'Rádio Futuro'.

'O muro existe em todas as partes do mundo, e o bom é que Waters demonstrou em sua música que é possível combatê-lo e destruí-lo', acrescentou a líder estudantil, em referência a 'The Wall', o épico disco do artista britânico, lançado em 1980.

Na segunda-feira, em entrevista coletiva em Santiago, Waters se mostrou compreensivo com as reivindicações dos estudantes no Chile, que desde o ano passado pedem melhoria da qualidade do ensino e a gratuidade das matrículas.

'Sei que existe o sentimento de que não há oportunidades igualitárias no Chile e que o sistema de educação é ruim, por isso entendo perfeitamente o protesto dos jovens', declarou o artista.

Com agências