Encontro na Bahia discute direitos de adolescentes em megaeventos
A Bahia tem o grande desafio de assegurar que a Copa do Mundo em 2014 represente oportunidades para garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes, em especial o direito ao esporte. Esse é o foco da discussão do I Encontro Baiano da Rede Juvenil pelo Esporte (Rejupe), que começou nesta segunda-feira (27/2). O evento acontece até esta terça-feira, na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), no Centro Administrativo, em Salvador.
Publicado 28/02/2012 21:04 | Editado 04/03/2020 16:18
Segundo o oficial do Unicef para Assuntos Governamentais, Mário Volpi, para vencer esse desafio a Bahia deverá criar duas linhas de atuação. A primeira voltada para proteger os direitos das crianças e adolescentes nos grandes eventos esportivos, considerando a vulnerabilidade desse público.
Para isso, será preciso realizar articulação e mobilização de todos os atores envolvidos na proteção de crianças, a exemplo de conselhos tutelares, organizações sociais, Ministério Público e Defensoria Pública, a fim de criar estratégias conjuntas voltadas a garantir segurança e a continuidade da vida normal de crianças e adolescentes como a ida para a escola, além de impedir a exploração no trabalho e a exploração sexual.
A segunda linha de atuação, discutida na tarde desta segunda-feira, diz respeito a como o Estado da Bahia pode promover o esporte de forma segura e educativa, considerando, além da adequação dos equipamentos, os aspectos da educação, da saúde e do enfrentamento ao uso abusivo das drogas.
Ação em andamento
A defensora pública Hélia Barbosa, coordenadora da Defensoria Especializada da Criança e do Adolescente, saudou a organização da Rejupe como uma forma de promover interação e articulação para oferecer ação mais eficaz e efetiva na defesa dos direitos da criança e do adolescente, em especial o direito constitucional ao esporte.
Ela destacou a ação que vem sendo desenvolvida pela Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 (Secopa), em convênio com a Defensoria Pública e o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan/Cedeca-BA, que prevê a elaboração de uma rede de proteção aos jovens e adolescentes, inclusive na área do turismo sexual, que pode ocorrer durante a realização de grandes eventos.
Segundo Hélia Barbosa, a Defensoria Pública vai analisar a pesquisa da rede a ser desenvolvida pelo Cedeca e levantar a normativa nacional e internacional sobre o esporte com o objetivo de elaborar textos destinados a socializar o conhecimento nessa área. O foco do trabalho, segundo a defensora, tem muito a ver com a proposta da Rejupe, que é a promoção do esporte ético, seguro e inclusivo.
Fonte: Secom Bahia.