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Navios de guerra iranianos chegam à Síria em apoio a Assad

Principal aliado do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, o Irã enviou dois navios de guerra para "reforçar a marinha" síria, anunciou o canal de informação iraniano Irinn.

É a segunda vez que navios de guerra iranianos entraram no Mediterrâneo desde a Revolução Islâmica de 1979. As embarcações chegaram ao porto de Tartus através do Canal de Suez, controlado pelos egípcios.

No domingo (19), o Egito chamou de volta seu embaixador na Síria "até nova ordem", uma decisão criticada por manifestantes sírios contrários ao governo de Assad. Eles consideram que o Egito teria agido melhor ao bloquear os navios iranianos do que em fazer regressar o diplomata.

Nesta segunda-feira (20), o governo de Bashar Al Assad reforçou as forças na cidade rebelde de Homs, onde tem havido intensos conflitos há duas semanas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Tunísia, Rafik Abdessalem, advertiu nesta segunda-feira para o risco de "um cenário iraquiano" e apelou à "preservação da integridade da Síria". Em Roma, Abdessalem disse ainda que o Conselho Nacional Sírio, principal grupo da oposição, estará representado na conferência internacional sobre a crise síria, que se realiza na Tunísia, na próxima sexta-feira (24).

Tal como as potências imperialistas ocidentais e os sionistas israelenses, a Turquia apoia a contrarrevolução na Síria, abrigando em seu território forças oposicionistas ao governo do presidente Assad e conspirando internacionalmente para a adoção de sanções contra a Síria e até mesmo para a intervenção estrangeira armada no país.

Manobras no Golfo

O governo do Irã confirmou que a partir deste domingo (20) serão feitas “grandes manobras para reforçar a defesa antiaérea” e proteger as usinas nucleares existentes no país. Em comunicado oficial, o governo disse que as manobras protegerão as instalações consideradas “sensíveis”.

“Esses exercícios têm como objetivo reforçar a capacidade integrada do país em nível de defesa antiaérea”, diz a nota assinada pelo comando da base militar de Katem Ol Anbia, que coordena os sistemas antiaéreo e os mísseis balísticos do Irã.

A ação ocorre no momento em que as potências imperialistas ocidentais e os sionistas israelenses propõem intensificar as sanções ao Irã. Para os Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o programa nuclear iraniano esconde a produção de armas atômicas. O governo do Irã nega a acusação.

De acordo com o comunicado oficial, as manobras que começaram neste domingo vão durar quatro dias. Elas serão feitas no sul do Irã, próximo ao Golfo Pérsico, sob o comando da Defesa Antiaérea do país. Os exercícios envolvem o uso de mísseis, de sistemas de radar e a aviação.

Dessa maneira, o Irã demonstra sua capacidade de resistência e reação caso seja atacado pelos Estados Unidos e Israel.

Da Redação com agências