Mundo vive fim da unipolaridade, afirma Putin
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin advertiu nesta segunda (16) sobre o fim do sistema de desenvolvimento global predominante nos últimos 20 anos, incluindo o da unipolaridade, e referiu-se ao novo papel da Rússia.
Publicado 16/01/2012 10:42
Como parte de um grande artigo programático no jornal Ivestia, o candidato presidencial pelo governante partido Rússia Unida acredita que o esquema anterior de um único pólo de força é incapaz de garantir a estabilidade no mundo.
Ao mesmo tempo, novos centros de influência internacional ainda não são capazes de manter a estabilidade, estima Putin, ao referir-se ao papel da Rússia no mundo.
“O crescente caráter imprevisível dos processos econômicos e a situação político-militar no mundo demandam uma cooperação responsável e de confiança entre os Estados, e especialmente entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU”, salienta.
“Os principais centros econômicos do mundo, ao invés de servirem como motores de desenvolvimento e proporcionar maior estabilidade para a economia global, cada vez criam mais riscos e problemas”, aponta.
Em várias regiões do planeta são promovidos e divulgados de forma agressiva as forças destrutivas que, na realidade, constituem uma ameaça à segurança de toda a humanidade, diz Putin.
Em geral, seus aliados passam a ser aqueles Estados interessados na "exportação da democracia" através de meios militares e da força, diz o chefe do Governo russo.
“Mesmo que se tenham as melhores intenções, de nenhuma forma, se pode justificar o atropelo do direito internacional e da soberania dos Estados”, o primeiro-ministro sublinhou.
“Na verdade, a experiência mostra que, em geral, os objetivos mencionados nunca são alcançados e os danos são bem acima das expectativas”, diz candidato à presidência russa.
Para Putin, o mundo enfrenta agora uma crise sistêmica, um processo tectônico de transformação global, uma expressão madura de uma mudança para uma nova era cultural, econômica, tecnológica e geopolítica.
Fonte: Prensa latina