Acordo põe fim à greve dos Policiais Civis do Ceará

Após nove dias de paralisação chega ao fim a greve dos Policiais Civis do Ceará. A categoria aceitou a proposta do Governo do Estado e optou pelo fim da paralisação. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (11) após reunião realizada no Palácio da Abolição, em Fortaleza.

Entre as várias medidas, o Estado concedeu aos policiais civis reajuste salarial e anistia geral aos participantes do movimento, além de devolver o salário de 199 civis que tiveram a remuneração cortada em dezembro, desde que eles reponham os dias em que ficaram parados.

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De acordo o Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci), a proposta aceita pelos policiais também define reajuste salarial de 17% do seu atual salário e mais 7% do reajuste anual do servidor público relativo ao mês de janeiro, um ganho real de aproximadamente R$ 500 reais. O menor salário, do escrivão e do inspetor, passará de R$ 2.125 para R$ 2.640.

Em relação à pauta de reivindicações ficou o compromisso de envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa para os cargos de Inspetor, Escrivão, Operador de Telecomunicações e Técnico de Comunicações Policiais, retroativa a 1º de janeiro de 2012, aplicada aos aposentados e pensionistas que tenham o direito constitucionalmente assegurado. Inês Romero, presidente do Sinpoci, avalia que a categoria saiu satisfeita com a conquista.

Histórico

Esta foi a terceira paralisação dos policiais civis desde o ano passado. A categoria parou as atividades, pela primeira vez, no dia 2 de julho de 2011, sendo suspensa pela Justiça no dia 5 de julho.

Uma nova paralisação foi efetuada no dia 14 de outubro, no entanto, o movimento foi considerado ilegal, novamente, pela Justiça e os policiais tiveram que retomar às atividades.

Os policiais civis entraram em greve pela terceira vez no dia 3 de janeiro deste ano, embalados pelo movimento dos policiais militares.

Com a paralisação, as delegacias de Fortaleza receberam reforço de 23 escrivães federais, enviados pelo Ministério da Justiça. Tropas do Exército ficaram responsáveis pela segurança das delegacias.

De Fortaleza,
Carolina Campos (com informações de jornais locais)