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Governo intervém e sugere 6,5% de reajuste a aeroviários

Ainda não há um acordo sobre o reajuste dos aeroviários, com data-base em 1º de dezembro. Ontem, em uma reunião entre sindicato, empresas e governo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sugeriu um reajuste de 6,5%. A greve da categoria, iniciada na quinta-feira (22), foi paralisada. Patronal e trabalhadores decidem amanhã (28) se aceitam ou não a sugestão do MTE.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) até a sexta-feira (23), mantinha a proposta de 6,17% de reajuste salarial, exceto piso salarial, vale-refeição e cesta básica, que serão corrigidos em 10%. Também propõe a criação do piso para operador de equipamentos, no valor de R$ 1 mil. O patronal se reunirá amanhã (28) para avaliar a sugestão e, depois disso, os funcionários devem se pronunciar se aceitam o reajuste.

Em meio ao processo de negociação iniciado em setembro, os aeroviários reduziram o pedido para 7% de aumento salarial –os trabalhadores começaram as reivindicações pedindo 13% de aumento.

A expectativa dos sindicalistas é de que a situação possa estar resolvida até o fim desta semana. O representante das empresas presente no encontro preferiu não se manifestar.

“Não fomos nós que escolhemos essa situação às vésperas do fim do ano. Começamos esse processo em 15 de setembro e as empresas foram arrastando”, afirmou Schmidt. A Gol, vice-líder do setor aéreo brasileiro, tem muitos aeroviários terceirizados, o que deixa na TAM o foco das negociações.

Entre os aeroportos ameaçados por um impasse estão Congonhas, Cumbica, Brasília, Belo Horizonte, Galeão e Santos Dumont, entre outros. Não existe unidade nacional na categoria, o que obriga a formação de negociações separadas com o sindicato patronal.

Os aeronautas (pilotos e co-pilotos) descartaram a greve na semana passada após aceitar o reajuste de 6,5% proposto pelas empresas. Com isso, o movimento ficou grevista ficou menor. 

A maior paralisação aconteceu na última quinta-feira (22), quando divesos  voos no período da manhã no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tiveram atrasos. Das 200 partidas previstas para decolar até as 19h, 92 tiveram atrasos de mais de meia hora, segundo boletim divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos), o que representa 46%.

Também na semana passada o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, determinou que pelo menos 80% dos trabalhadores estivessem em seus postos nos dias que antecedem os feriados de Natal e Ano Novo. Ou seja, apenas 20% dos trabalhadores poderão parar nos dias 29, 30 e 31 de dezembro.

Os trabalhadores não foram localizados pelo Vermelho para comentarem.

Com agências