Inédito: Cinemateca exibe Tupac Amaru só amanhã
A Cinemateca Brasileira e a Fundação Maurício Grabois promovem uma sessão especial do longa-metragem peruano Tupac Amaru, de Federico García Hurtado, nesta quinta (8), às 20 horas, seguido de conversa com o diretor. Inédito nas telas brasileiras, o filme trata de um episódio da história da colonização espanhola no Peru, o levante conduzido pelo líder indígena Tupac Amaru, no final do século 18.
Publicado 07/12/2011 15:37
Considerado pela crítica um dos mais importantes filmes da história do cinema peruano, Tupac Amaru foi exibido em festivais de cinema realizados em inúmeros países – Japão, Colômbia, Coreia do Norte, Equador, Cuba, Canadá, etc. – e recebeu, entre outros, o Prêmio Saúl Yelín, oferecido pela Associação de Cineastas Latino-americanos em Havana, em 1985, e a Menção Honrosa no Festival de Cinema de Londres de 1986. Tupac Amaru foi realizado em regime de coprodução com o ICAIC – Instituto Cubano del Arte y la Industria Cinematográficos e contou com a participação de organizações agrárias e urbanas de Cusco, no Peru.
Escritor, jornalista e cineasta, Federico García Hurtado nasceu em 1937. Iniciou sua carreira como diretor na segunda metade dos anos 1960, dirigindo os curtas Huando, Tierra sin patrones e Inkari, proibidos pela ditadura militar. Estreou no longa-metragem em 1975 com o documentário Donde nacen los cóndores, película financiada por um grupo de camponeses de uma cooperativa peruana. Outro destaque de sua vasta obra é Melgar, sangre de poeta, que trata da vida de outro herói independentista de seu país: o jovem revolucionário Mariano Melgar.
Federico dirigiu também uma minissérie para televisão chamada El Amauta sobre a juventude do dirigente e teórico comunista peruano José Carlos Mariategui. Foram feitos os cinco primeiros capítulos. O projeto pretendia abarcar toda vida de Mariategui – sua participação na criação da central sindical e do Partido Comunista, mas não conseguiu ser concluído. O filme foi proibido em seu próprio país, acusado de incentivar o terrorismo senderista. Durante o governo democrático e popular do General Juan Velasco Alvarado, entre 1968 e 1975, o diretor realizou inúmeras filmagens da revolução que se processava no país. O material bruto ainda não foi editado e se encontra ameaçado pelo descaso governamental. Seu último filme foi El Forastero (2002).
Serviço:
Tupac Amaru I Encontro Federico García Hurtado
Quinta, 20 horas
Sala Cinemateca BNDES
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próximo ao Metrô Vila Mariana
Entrada gratuita
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)