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Meios de comunicação gregos param e antecipam greve geral

Os meios de comunicação gregos iniciam paralisação, nesta quarta (30), dando início à greve geral convocada contra o novo governo de coalizão, como protesto contra a drástica política de cortes em curso.

O restante dos trabalhadores deve paralisar suas atividades amanhã, nesta que será a sétima greve geral deste ano. Com a iniciativa, os sindicatos pretendem revogar as leis aprovadas pelo governo anterior, que incluem alta de impostos, cortes salariais e demissões no setor público.

Na mesma quinta-feira, o Parlamento votará o orçamento estatal para 2012, que prevê severos rebaixamentos em todas as áreas – exceto nas relativas à despesa militar, que devem ter um incremento de 4 bilhões de euros – e novos recortes aos direitos sociais e trabalhistas.

Por tal razão, a Confederação Geral de Trabalhadores da Grécia (GSEE), o maior sindicato do país, pediu aos trabalhadores que resistam ante políticas que não só são injustas, mas afetam o emprego e são absolutamente ineficazes.

Segundo explicava o comunicado da Confederação, a "GSEE e o movimento sindical do país reclamam uma política econômica diferente, a serviço da população e de suas necessidades, em vez de servir aos benefícios e aos banqueiros".

A Confederação de Empregados Públicos (ADEDY) alertou sobre a continuidade das políticas neoliberais pelo novo governo, e denunciou que o problema da dívida na Europa está sendo usado pelos poderosos como pretexto para eliminar os direitos dos trabalhadores e dos povos.

Também o sindicato de orientação comunista Pame declarou que o novo executivo de coalizão era na realidade "o governo da troika, de (Ángela) Merkel e (Nicolás) Sarkozy, dos bancos, do status quo político e econômico" e não um governo eleito pelo povo grego.

Amanhã, portanto, todos os serviços públicos da Grécia devem parar, inclusive aduanas e judiciário, ministérios e instituições, e unicamente funcionarão serviços de urgência na rede de hospitais do Estado.

Não terá transporte público, exceto durante algumas horas para facilitar o acesso dos trabalhadores às diferentes manifestações convocadas.

Igualmente confirmaram sua adesão à greve os empregados da rede ferroviária nacional e os do setor marítimo, que deixarão amarrada toda a frota nacional. Os empregados do setor aéreo decidirão hoje em assembleia a posição a adotar para a jornada da quinta-feira.

Todos os sindicatos convocantes já anunciaram o horário e lugar de início que terão suas marchas em diferentes cidades do país, e, no caso da capital, todas as manifestações confluíram na central praça de Syntagma, em frente ao Parlamento.

Com Prensa Latina