Cuba estuda produzir medicamentos em Angola

O projeto foi apresentado pelo diretor desta empresa, José Fraga Castro, durante uma visita que o presidente da Assembleia Nacional angolana, António Paulo Kassoma, efetuou às instalações da fábrica, inserida no programa da sua deslocação a Cuba.

Paulo Kassoma garantiu, em declarações à imprensa, que foi já identificado, na Zona Económica Especial de Viana, em Luanda, um terreno onde a referida unidade fabril poderá ser instalada.

A Labiofam tem vindo a desenvolver em Angola a primeira fase do programa de prevenção da malária.

"É um objetivo criar uma fábrica em Angola e Cuba já manifestou este interesse, estamos estudando as modalidades que vão de encontro a este interesse", disse Kassoma.

O diretor-geral da referida unidade fabril, José Antônio de Castro, disse que Angola só estará livre da malária se ela for também erradicada os países limítrofes, e, com a instalação desta filial, Angola estará também em condições de vender os seus produtos nos estados vizinhos.

Os especialistas cubanas afirmam que combate ao paludismo, através do medicamento Griselesf, um biolarvicida de acção prologanda, de produção exclusiva da fábrica, que actua sobre as larvas dos mosquitos, tem dado resultados positivos em relação a outros métodos, entre os quais o de uso do mosquiteiro.

Actualmente, o laboratório cubano comercializa os seus produtos em 50 países e tem filiais em três, sendo que em África está presente em mais de 15 nações, entre as quais Angola, Gana, Tanzânia, África do Sul e Zâmbia.

O laboratório tem também dedicado atenção à produção de suplementos dietéticos de origem natural, produtos de higiene, e agora na fabricação de um medicamento denominado vidatox, feito à base do veneno de escorpião, para o tratamento do câncer.

Fonte: África21